A jovem tunisiana que permanece escondida depois da difus�o de fotos em que apareceu mostrando os seios, apareceu neste s�bado em uma reportagem na qual disse temer as repres�lias na Tun�sia dos grupos islamitas, ap�s ter recebido amea�as de morte e ser retida contra a vontade pela fam�lia.
A jovem, que se identifica com o nome de Amina Tyler, protagonizou um esc�ndalo quando, em meados de mar�o, publicou fotos em que aparecia com os seios descobertos e com a frase escrita a tinta "meu corpo me pertence, n�o representa a honra de ningu�m", no estilo das feministas do grupo Femen.
Os autores da reportagem divulgada neste s�bado em uma emissora de TV francesa se reuniram com a jovem na noite de quinta-feira em uma casa situada a "tr�s horas de T�nis" onde vive com a fam�lia.
Amina aparece cansada, ap�tica, sob um rigoroso controle da fam�lia, que a mant�m retida contra a sua vontade, mas com a finalidade de proteg�-la.
Ap�s a publica��o das fotos, "minha fam�lia me encontrou em uma cafeteria", disse. "Me levaram para casa. Meu primo quebrou o chip do meu telefone. Me bateu. Depois, fiquei com minha fam�lia e em seguida nos mudamos de cidade", contou.
Perguntada se tinha sido obrigada a ficar com sua fam�lia, Amina respondeu, "claro que sim".
A jovem afirmou ter recebido amea�as por telefone e pelo site de relacionamentos Facebook. "'Voc� vai morrer', 'Vamos jogar �cido em seu rosto', coisas assim".
"Tenho que ir embora da Tun�sia, temo pela minha vida e pela vida da minha fam�lia. H� muitos rumores sobre o que os islamitas e os salafistas querem fazer comigo", emendou.
"Quero continuar meus estudos no exterior", acrescentou a jovem, em alus�o � impossibilidade de faz�-lo na Tun�sia e concretizar seu sonho de se tornar "jornalista e ajudar a Femen de uma forma ou outra".
Amina continua apoiando a Femen, mas critica que tr�s delas tenham queimado uma bandeira da religi�o mu�ulmana, a "shahada", em frente � Grande Mesquita de Paris, na quarta-feira passada.
"Sou contra", denunciou. "N�o insultaram a um tipo de mu�ulmanos, os extremistas, mas todos os mu�ulmanos", lamentou.
A jovem afirmou que continuar� sendo uma Femen "at� os 80 anos".
Teoricamente, por sua a��o, Amina se exp�e a um julgamento por "atentar contra os bons costumes", um delito pass�vel de puni��o com seis meses de pris�o.
Grupo de feministas ucranianas radicadas em Paris, o Femen � conhecido desde 2010 por suas a��es de "topless" para denunciar o sexismo, a homofobia, a prostitui��o e a religi�o.
As tunisianas disp�em desde os anos 1950 dos direitos mais avan�ados do mundo �rabe, mas ainda sofrem com a desigualdade.
