O maior museu do mundo, o Louvre, fechou suas portas nesta quarta-feira por causa de uma paralisa��o dos agentes da seguran�a em protesto contra os batedores de carteiras cada vez mais numerosos e que t�m prejudicado a imagem tur�stica de Paris.
O museu ser� reaberto na quinta-feira. Os sindicatos indicaram que haviam conseguido da diretoria da institui��o o compromisso de adotar medidas contra as agress�es ligadas aos batedores de carteira, segundo uma fonte sindical.
Entre as medidas, a for�a policial dever� ser refor�ada consideravelmente.
A �ltima greve no museu foi em dezembro de 2009 e durou v�rios dias.
Monika Kreuzig, professora austr�aca de franc�s em visita � capital francesa com seus alunos, se disse "muito decepcionada".
Ela explicou que ficou na fila "por mais de uma hora em v�o" em frente � Pir�mide de entrada do museu e infelizmente precisar� partir em dois dias.
Segundo a dire��o do Louvre, que apresentou uma queixa junto ao Minist�rio P�blico de Paris em 2012 e pediu refor�os policiais para combater as redes de batedores de carteira que atuam em suas instala��es, "duzentos agentes que fazem a seguran�a do estabelecimento exerceram o seu direito nesta quarta-feira".
A paralisa��o espont�nea dos funcion�rios foi um ato de "desespero". Enquanto monitoram as obras de arte e o p�blico em geral, "s�o v�timas cada vez mais frequentes de agress�es, cuspes, amea�as e insultos por parte de gangues de ladr�es, muitas vezes menores de idade, que atacam os visitantes sem que ningu�m intervenha", denunciou o sindicato.
A dire��o indicou que havia registrado "150 queixas de visitantes".
"Menores do leste europeu"
"Sempre existiram batedores de carteira no Louvre e nos locais tur�sticos do centro de Paris, mas h� um ano e meio, s�o cada vez mais violentos, andam em bando e seu modus operandi � errante. Nada os para", ressalta Sophie Aguirre, agente de seguran�a do museu e sindicalista.
Um de seus colegas citou um caso de uma "sala evacuada emergencialmente em um domingo, ap�s um ataque a um casal praticado por batedores de carteira que voltaram na semana seguinte" para novos roubos.
Esses ladr�es, segundo v�rios agentes, s�o geralmente menores de idade do leste europeu que entram gratuitamente no museu em grupos de "20 ou 30" e �s vezes adultos, que mesmo quando detidos pela pol�cia voltam a roubar dias depois.
Cerca de cem de agentes da seguran�a se reuniram em frente ao Minist�rio da Cultura, onde uma delega��o foi recebida.
Ap�s este encontro, o minist�rio indicou que a ministra da Cultura, Aur�lie Filippetti, entrar� em contato com o ministro do Interior, Manuel Valls, "a fim de implantar um dispositivo de seguran�a adaptado a esta situa��o inaceit�vel e refor�os policiais no exterior dos museus".
A dire��o do museu indicou � AFP ter decidido tomar medidas de interdi��o tempor�ria aos delinquentes que j� foram identificados.
O Louvre recebe 10 milh�es de visitantes a cada ano. Cerca de mil agentes e 470 funcion�rios trabalham diariamente no local, segundo a dire��o.
Esta situa��o � um novo golpe para a imagem da capital, ap�s as repetidas agress�es a turistas chineses que provocaram a rea��o de Pequim e fizeram com que o Minist�rio do Turismo abrisse uma investiga��o.
Em 20 de mar�o, um grupo de 23 chineses que acabava de chegar a Paris foi assaltado em frente a um restaurante. Seu guia foi agredido e os bandidos levaram uma mochila com os passaportes e uma grande quantidade de dinheiro do grupo.