Boston – A investiga��o da pol�cia federal norte-americana (FBI, na sigla em ingl�s) sobre as explos�es que deixaram tr�s mortos e mais de 170 feridos perto da linha de chegada da Maratona de Boston intensificou-se, com autoridades entrevistando testemunhas e examinando o que um funcion�rio local qualificou como "a mais complexa cena de crime" da hist�ria da cidade. O FBI e a pol�cia de Boston se negaram a revelar detalhes da investiga��o e se as explos�es estariam relacionadas a extremistas estrangeiros ou americanos. Analistas ouvidos pelo jornal Boston Globe sugerem que o atentado foi obra de terror interno e n�o de uma rede internacional de terroristas.
Numerosas teorias e pistas na investiga��o est�o sendo avaliadas, disseram fontes policiais, mas no momento n�o h� nenhuma liga��o particularmente forte ou teoria que est� sendo perseguida.
Uma equipe de cerca de 30 especialistas em bomba e c�es farejadores vasculhou a �rea – a linha de chegada da famosa maratona –, enquanto as autoridades pediam � popula��o que entrasse em contato, caso tivesse alguma informa��o importante. "Vai levar muitos dias para processar este cen�rio", comentou Gene Marquez, agente especial encarregado do Escrit�rio de �lcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos em Boston. Segundo o agente Richard DesLauriers, encarregado da investiga��o, at� o momento nenhum grupo ou indiv�duo assumiu a autoria do ataque, mas cerca de 2 mil den�ncias foram recebidas e est�o sendo avaliadas.
A pol�cia informou que a �rea foi varrida duas vezes antes da maratona e nenhum explosivo foi encontrado. Investigadores federais determinaram que os explosivos usados no atentado eram bombas de fabrica��o r�stica. Elas consistiam em panelas de press�o cheias de p�lvora, pregos e bolinhas de chumbo, detalhou o deputado Michael McCaul, presidente da comiss�o de seguran�a interna da C�mara dos Representantes dos EUA.
As equipes de resgate e os m�dicos que trataram das v�timas relataram que as bombas parecem ter dispersado fragmentos de pregos e de metal, causando ferimentos, sobretudo, na parte inferior do corpo, o que incluiu v�rios casos de amputa��o. "H� uma variedade de objetos pontiagudos que n�s encontramos nos corpos", disse o chefe do departamento de cirurgia do trauma do Hospital Geral de Massachusetts, George Velmahos. "Provavelmente, essas bombas tinham m�ltiplos fragmentos met�licos nelas. Removemos pregos e estilha�os", acrescentou.
A imprensa local disse que a pol�cia vasculhou um apartamento na localidade de Revere, a cerca de 10km de Boston. Katherine Gulotta, porta-voz do FBI – a pol�cia federal dos EUA, que comanda a investiga��o –, n�o confirmou nem negou essa not�cia. Na noite de segunda-feira, a pol�cia revistou um apartamento na �rea de Boston de um estudante da Ar�bia Saudita que foi ferido na explos�o, informaram fontes policiais. Fontes policiais relataram que as provas indicavam que o estudante saudita, que havia sido temporariamente considerado uma "pessoa de interesse" na investiga��o, seria inocentado de suspeitas e dificilmente lan�aria alguma luz sobre o atentado.
Al�m de ter provocado o refor�o da seguran�a em diversas grandes cidades dos EUA, o ataque levou Fran�a, Reino Unido e R�ssia a elevarem o n�vel de seguran�a em grandes eventos e pr�ximo a edif�cios p�blicos. No Reino Unido, as opera��es de seguran�a foram intensificadas para o funeral da ex-primeira-ministra Margaret Thatcher. A pol�cia brit�nica tamb�m revisou os planos de seguran�a para a Maratona de Londres, que deve ocorrer domingo. Na R�ssia, os organizadores do Campeonato Mundial de Atletismo em Moscou dizem que v�o refor�ar a seguran�a no local. O governo franc�s ordenou que intensificassem as patrulhas policias e a seguran�a nos arredores de edif�cios p�blicos. "Novas medidas de precau��o foram tomadas sem p�nico ou dramatiza��o", disse o ministro do Interior, Manuel Valls.