As autoridades americanas anunciaram nesta quarta ter imagens de um suspeito pelo duplo atentado ocorrido em Boston na �ltima segunda-feira, mas negaram qualquer deten��o.
"Temos a imagem de uma pessoa que acreditamos que seja um suspeito", declarou � AFP uma fonte judicial, que pediu para n�o ser identificada. "Procuramos saber quem � a pessoa. Essa pessoa n�o est� detida, e n�o a temos claramente identificada", acrescentou.
O jornal local "The Boston Globe" se referiu "� imagem de um suspeito que carregava e talvez at� tenha deixado uma mochila preta no lugar de uma das duas explos�es", com saldo de tr�s mortos e 183 feridos perto da linha de chegada da maratona de Boston, Massachusetts (nordeste dos EUA).
Uma c�mera de vigil�ncia de uma loja permitiu aos investigadores ter uma "vis�o clara da �rea". Imagens de um canal local de televis�o tamb�m teriam ajudado a pol�cia.
As autoridades negaram que algu�m tenha sido detido. "Apesar das informa��es, n�o houve nenhuma deten��o pelo ataque � maratona", confirmou o Departamento de Pol�cia de Boston, depois que a emissora americana CNN anunciou a pris�o de um suspeito.
O FBI (Escrit�rio Federal de Investiga��o) tamb�m negou a deten��o, e a CNN se viu for�ada a recuar, falando em "confus�o" e "mal-entendido".
Enquanto isso, centenas de jornalistas corriam para o tribunal federal de Boston para cobrir o traslado do suposto detido. Agravando a confus�o, a Corte foi evacuada por mais de uma hora, por um falso alerta de bomba.
A investiga��o avan�a, pelo menos, em rela��o �s bombas utilizadas. No telhado de um hotel na �rea do atentado, foi encontrada a tampa de uma das panelas de press�o usadas nos artefatos.
"A pessoa que encontrou a tampa n�o deveria estar no telhado", no sexto andar do hotel Charlesmark, situado pr�ximo da linha de chegada da maratona, comentou o propriet�rio do estabelecimento, Mark Hagopian. "Normalmente, a porta de acesso est� fechada", acrescentou.
Origin�rio de Portland (Oregon, noroeste), o homem que encontrou a tampa foi obrigado a deixar o local depois de ser visto pela pol�cia durante a maratona. "A pol�cia nos pediu que n�o ficasse ningu�m no telhado", explicou Hagopian.
O homem ignorou a determina��o das autoridades e voltou a subir, provavelmente para ter um melhor campo visual e acompanhar a amiga que participava da corrida. Depois da deflagra��o, ele viu o que parecia ser uma calota de carro e entregou o objeto � pol�cia.
"N�o sei como ele voltou para o telhado, mas a tampa da outra panela de press�o foi encontrada por acaso", disse Hagopian.
Na cena do crime, tamb�m foram encontrados fragmentos de uma mochila de cor preta, na qual uma das bombas caseiras estaria escondida.
As fotos divulgadas mostram peda�os retorcidos de metal, assim como restos de cabos e componentes eletr�nicos que podem ter sido utilizados para detonar as bombas a dist�ncia.
O material descoberto pelo FBI � analisado em seu laborat�rio de Qu�ntico (Virg�nia, leste). Mais de mil respons�veis e oficiais de diferentes ag�ncias de investiga��o do governo americano trabalham em Boston, segundo o representante local do FBI, Rick DesLauriers.
As autoridades consideram tanto a hip�tese de um autor estrangeiro, quanto americano, e garantem que v�o "at� o fim do mundo" para encontrar os respons�veis.
Na quinta-feira, o presidente Barack Obama visitar� Boston para um servi�o ecum�nico em homenagem �s v�timas.
Cerca de 100 dos 183 feridos inicialmente hospitalizados j� receberam alta, embora pelo menos dez ainda se encontrem em estado cr�tico, de acordo com a imprensa americana. Entre os feridos, no m�nimo dez tiveram membros inferiores amputados pela explos�o das duas bombas, com 13 segundos de intervalo entre uma e outra.
Entre os casos que mais comoveram a opini�o p�blica, est� o da fam�lia Richard: o pequeno Martin, de 8 anos, � uma das tr�s v�timas fatais, enquanto sua irm� Janey, de 6, teve uma grave les�o cerebral.
Al�m do pequeno Martin, morreram Krystle Campbell, gerente de um restaurante, de 29; e uma estudante chinesa da Universidade de Boston, identificada como Lu Lingzi, segundo jornais chineses e americanos.
A maioria dos 23 mil participantes da maratona havia cruzado a linha de chegada quando as bombas explodiram.
O atentado despertou o alerta em outras cidades americanas, como Nova York, Los Angeles e San Francisco, onde as medidas de seguran�a foram refor�adas.