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Estado de Minas

Colombiana, mexicana e m�rtires italianos s�o os primeiros santos do papa Francisco


postado em 12/05/2013 12:48

Papa acena para as crianças durante cerimônia de canonização (foto: Stefano Rellandini/Reuters)
Papa acena para as crian�as durante cerim�nia de canoniza��o (foto: Stefano Rellandini/Reuters)
O papa Francisco elevou neste domingo � gl�ria dos altares os primeiros santos de seu pontificado, ao canonizar em uma cerim�nia solene na Pra�a de S�o Pedro duas freiras latino-americanas - a colombiana Laura Montoya e a mexicana Mar�a Guadalupe Garc�a Zavala - assim como 800 m�rtires italianos que se negaram a se converter ao isl� no s�culo XV.

O sumo pont�fice aproveitou a ocasi�o para lan�ar um firme chamado a favor da pacifica��o do M�xico e da Col�mbia, contra o "aburguesamento do cora��o que nos paralisa" e contra as persegui��es religiosas sofridas por cat�licos em todo o mundo.

Na homilia, sob um sol primaveril e diante de milhares de pessoas e de delega��es presentes, em particular de Col�mbia e M�xico, o Papa convidou os fi�is a seguir o exemplo das novas santas, que dedicaram suas vidas aos pobres, aos doentes, aos marginalizados e aos ind�genas.

Diante da fachada da bas�lica estavam presos os enormes retratos das freiras latino-americanos e um tapete que representava os m�rtires italianos, liderados pelo humilde sapateiro Antonio Primaldo, todos cruelmente decapitados pelos mu�ulmanos e s�mbolo da igreja perseguida de todas as �pocas, ao se recusarem a negar sua f�.

"N�s os inclu�mos no livro dos santos e estabelecemos que em toda a Igreja sejam devotamente honrados entre os santos", disse o Papa depois de pronunciar a tradicional f�rmula em latim.

A freira colombiana Laura Montoya y Upegui (1874-1949) e a mexicana Guadalupe Garc�a Zavala (1878-1963) s�o dois exemplos de caridade que se opunham ao "aburguesamento do cora��o", disse o Papa improvisando.

"N�o se deve ter vergonha, nem medo nem desgosto de tocar 'a carne de Cristo'", acrescentou Francisco, que relembrou a vida das duas religiosas.

Da primeira santa colombiana, considerada "a m�e espiritual dos ind�genas", Francisco elogiou sua eficaz pedagogia, o respeito pela cultura ind�gena e o "fato de n�o ter se oposto a ela", como ocorria no in�cio do s�culo XX, quando os ind�genas eram depreciados e discriminados.

A religiosa era "uma esp�cie de vanguarda da Igreja", explicou o Papa, que a apontou aos colombianos como exemplo de "harmonia e reconcilia��o" ao convid�-los com um firme chamado a seguir "trabalhando pela paz e pelo justo desenvolvimento" do pa�s durante a ora��o dominical.

"Madre Laura nos deixa um legado muito oportuno, a reconcilia��o e seu permanente interesse pela justi�a social. Sinto-me muito emocionado por ser o Presidente que participou deste importante dia para o pa�s", disse � imprensa o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, ao t�rmino da cerim�nia.

Santos, empenhado h� v�rios meses em um complexo di�logo de paz com a guerrilha marxista das Farc, ser� recebido na segunda-feira pelo papa Francisco para uma audi�ncia privada no Pal�cio Apost�lico.

Da religiosa mexicana, Santa Guadalupe Garc�a Zavala, o Papa disse que, "renunciando a uma vida confort�vel para seguir o chamado de Jesus, ensinava a amar a pobreza, para poder amar mais os pobres e os doentes".

"Madre Lupita se ajoelhava no ch�o do hospital diante dos doentes e os abandonados para servi-los com ternura e compaix�o", afirmou Francisco, aplaudido por um grupo de mexicanos, entre eles v�rias freiras.

"Ela me fez um milagre", contou Mar�a Rosales G�mez, de Guadalajara, que quis a qualquer custo viajar para a canoniza��o.

Francisco pediu que a segunda santa mexicana interceda para que o M�xico "elimine qualquer viol�ncia e inseguran�a", gerando emo��o entre os peregrinos que o assistiam.

A segunda santa mexicana, depois de Mar�a de Jes�s Sacamentado, viveu a persegui��o religiosa no M�xico durante a chamada "Guerra Cristera" no s�culo passado, que come�ou em 1911, mas que se intensificou entre 1926 e 1929.

A fundadora da Congrega��o das Servas de Santa Margarita Mar�a dos Pobres, inteiramente dedicada a curar os doentes particularmente necessitados, conta agora com 22 funda��es no M�xico, Peru, Gr�cia e It�lia.

Curiosamente, a primeira canoniza��o do pontificado do primeiro papa da Am�rica Latina e primeiro jesu�ta foi para proclamar como santas duas religiosas desta regi�o, cujo culto se estender�, assim, a todo o mundo.

O Papa, que desde sua escolha, em mar�o, quebra protocolos por seu estilo direto e simples, permaneceu mais de uma hora entre a multid�o que se reuniu na esplanada para apertar m�os, acariciar beb�s e deficientes f�sicos.

Dois meses ap�s o in�cio de seu pontificado, Francisco celebrou uma das cerim�nias mais imponentes e emblem�ticas para a Igreja.

N�o se sabe se o pont�fice jesu�ta, que deseja uma igreja "dos pobres para os pobres", seguir� o caminho de um de seus antecessores mais populares, Jo�o Paulo II, considerado o maior fabricante de santos da hist�ria da Igreja ao ter canonizado 482 pessoas em 27 anos de papado.

Respeitando seu tradicional rigor, o papa em�rito Bento XVI proclamou apenas 44 novos santos em quase oito anos na lideran�a da Igreja.

O caminho para se tornar santo � longo e complexo e n�o se exclui que Francisco santifique neste ano o carism�tico beato polon�s Jo�o Paulo II, depois que uma multid�o apelou em seu funeral para que ele fosse proclamado "santo s�bito", imediatamente.


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