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Estado de Minas

Recicl�veis valem comida em Mercado do Escambo no M�xico


postado em 25/06/2013 19:25

Com bolsas repletas de papel�o, embalagens pl�sticas e latas de metal, dezenas de pessoas passam o domingo chuvoso na fila do Mercado do Escambo, um lugar criado pelo governo da Cidade do M�xico, onde os recicl�veis s�o trocados por produtos agr�colas locais.

A chuva n�o espanta o entusiasmo destes mexicanos que, protegidos por guarda-chuvas, esperam trocar o que coletaram nas ruas por pontos acumul�veis que em seguida trocam por alimentos org�nicos neste mercado do bairro de Tlalpan, no sul da capital mexicana.

"Est� incr�vel porque muitas vezes a gente n�o sabe o que fazer com tudo isto e penso que � muito irrespons�vel que v� parar em lix�es", diz Maria Fernanda V�zquez, uma fot�grafa que divide o guarda-chuvas com a amiga Mina Moreno.

"Para ajudar um pouquinho o planeta, temos muito lixo que podemos reutilizar", continua Moreno.

Itinerante, o Mercado do Escambo, que atrai todo m�s umas duas mil pessoas, foi uma iniciativa lan�ada no ano passado pelo governo de esquerda da capital mexicana, com o objetivo de conscientizar sobre o uso de materiais que de outra forma poderiam acabar em dep�sitos de lixo.

Esta filosofia cresce cada vez mais entre os cerca de 20 milh�es de habitantes da Cidade do M�xico e regi�o metropolitana. Prova disso s�o as longas e lentas filas que os adeptos do Mercado do Escambo precisam tolerar.

"Vem muita gente. O objetivo do mercado � basicamente que as pessoas aprendam a valorizar seus res�duos e os separe. N�o � resolver o problema dos res�duos da cidade porque � muito complicado e a demanda, pois a cada m�s � maior", afirma Lilian Balcazar, funcion�ria do governo da capital.

Mais de 170.000 toneladas de recicl�veis

A separa��o dos dejetos org�nicos e inorg�nicos � obrigat�ria desde mar�o de 2011 na Cidade do M�xico, considerada nos �ltimos 20 anos uma das mais polu�das do mundo.

Para deixar para tr�s esta triste fama, a capital mexicana promove programas como o Mercado do Escambo, que � projetado para que ningu�m saia de m�os vazias depois de trazer seus recicl�veis.

"N�s compramos rabanete e requeij�o e ainda sobram 40 ou 50 pesos (entre 2,8 e 3,7 d�lares)", diz, sorridente, Andrea Guti�rrez, que pela primeira vez chegou ao mercado trazendo jornais velhos e garrafas de pl�stico.

Os produtores locais tamb�m se beneficiam, pois podem escoar a produ��o com mais facilidade.

"Nos interessa porque (o governo) nos paga um pouco mais do que o mercado normal", diz Pedro Jim�nez, um produtor local, que vende couve-flores.

Mais de 170.000 toneladas de materiais recicl�veis - que v�o de papel�o e vidro at� dejetos el�tricos como teclados velhos e computadores em desuso - foram coletadas no ano passado no Mercado do Escambo.

Desde 2011, o governo da capital implementou modifica��es na gest�o de lixo da metr�pole. Em dezembro daquele ano, foi fechado definitivamente o lix�o conhecido como Bordo Poniente, um dep�sito que chegou a receber mais de 6.000 toneladas di�rias de lixo.

Este imenso lix�o, que tinha virado gerador de g�s metano, foi licitado para produzir eletricidade, enquanto as 3.000 toneladas de lixo inorg�nico produzidas diariamente agora s�o direcionadas para usinas processadoras. Os restos org�nicos, enquanto isso, s�o levados a v�rios dep�sitos para produzir fertilizantes.


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