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Estado de Minas VISITA OFUSCADA

Viagem de Obama divide as aten��es com o grave estado de sa�de de Nelson Mandela


postado em 29/06/2013 07:00 / atualizado em 29/06/2013 07:20

Gabriela Freire Valente


Bras�lia – Barack Obama desembarcou na noite de ontem, na �frica do Sul, em meio a expectativas de um encontro entre o primeiro chefe de Estado negro dos EUA e Nelson Mandela, o ex-presidente sul-africano que se tornou �cone da luta contra o apartheid no pa�s. Ainda a bordo do avi�o presidencial, o Air Force One, Obama afirmou que avaliaria a possibilidade de visitar Mandela e dispensou o registro do momento. "N�o preciso de uma foto com ele. A �ltima coisa que quero � ser inoportuno num momento de preocupa��o familiar", declarou. De acordo com a ex-mulher, Winnie Madikizela-Mandela, o ex-presidente apresentou "grande melhora, apesar de n�o estar clinicamente bem". At� o fechamento desta edi��o, Mandela seguia hospitalizado na cidade de Pret�ria e a visita de Obama permanecia uma inc�gnita.

O poss�vel encontro � considerado um momento simb�lico na agenda bilateral do l�der norte-americano. Para Edgard Coly, especialista em pol�tica africana do Instituto Monterey de Estudos Internacionais, esta seria uma oportunidade para o presidente americano mostrar seu respeito a quem ele chamou de "her�i para o mundo", na �ltima quinta-feira. "Eles n�o t�m muito a dizer um ao outro, mas (o encontro) seria um s�mbolo: ambos s�o a prova viva das mudan�as que acontecem em seus pa�ses", avalia Coly.

Apesar das expectativa positivas, cerca de 200 manifestantes se reuniram em frente � Embaixada dos Estados Unidos, em Pret�ria, para protestar contra o imperialismo norte-americano mesmo antes da chegada de Obama � �frica do Sul. "Estamos aqui para dizer ao povo americano que esta guerra tamb�m � deles. O terror e a tirania que o seu governo espalha em todo um mundo � o mesmo terror e tirania dentro de suas fronteiras", declarou Buti Manamela, secret�rio nacional da Liga da Juventude Comunista. "Protestamos contra a visita do presidente Barack Hussein Obama", disse o im� Syed Sayeed, diante da multid�o, formada por estudantes e sindicalistas. De acordo com o jornal USA Today, estuddantes da Universidade de Johannesburgo, onde o presidente deve discursar depois de ser homenageado no domingo, iniciaram uma campanha contra o uso de drones (avi�es n�o tripulados) no Oriente M�dio, com o slogan "N�o, voc� n�o pode honrar Obama".

AGENDA A agenda oficial de Obama come�a hoje, com a reuni�o entre ele e o colega sul-africano, Jacob Zuma. Ontem, o chefe de Estado americano esteve no Senegal e ainda deve fazer uma passagem pela Tanz�nia. Esta � a segunda visita do presidente ao continente africano desde que assumiu o comando dos EUA, em 2009. O tour pela �frica tem os objetivos de estreitar as rela��es bilaterais e criar oportunidades para neg�cios. Ant�nio Jorge Ramalho, professor de rela��es internacionais da Universidade de Bras�lia (UNB), acredita que a visita "serve de contrapeso � presen�a da China na regi�o". "A �frica j� � um lugar estrat�gico para os EUA e a tend�ncia � que isso aumente. Os americanos est�o preocupados com a expans�o chinesa na �frica h� alguns anos e enxergam a China como amea�a", pondera Ramalho. O especialista da Unb ressalta que o desenvolvimento econ�mico e democr�tico do continente contribuiria com a absor��o das demandas norte-americanas.

Na avalia��o de Jendayi Frazer, ex-embaixadora dos EUA na �frica do Sul e membro do Conselho de Rela��es Exteriores, al�m de impulsionar os neg�cios de empresas americanas, a visita de Obama dar� destaque �s democracias africanas. "Ele escolheu esses tr�s pa�ses para visitar por serem democracias est�veis. Acho que ele quer elevar a imagem da �frica como um lugar onde h� pa�ses seguros e est�veis", disse ela. Edgard Coly sustenta que levar� um "certo tempo" para os resultados econ�micos provenientes da visita. Ele lembra que os EUA tiveram uma atua��o t�mida na �frica desde o fim da Guerra Fria e que, mesmo durante o primeiro mandato de Obama, a regi�o ficou em segundo plano na agenda da Casa Branca. "Os africanos, que tinham grandes esperan�as depois da elei��o de um afrodescendente para a Presid�ncia dos EUA, ficaram desapontados por n�o serem prioridade na gest�o Obama. A viagem � mais para restabelecer os la�os do presidente com a terra de seus ancestrais", explicou Coly.


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