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Estado de Minas

Flores, velas e oferendas a Santiago pelas v�timas do trem da Gal�cia


postado em 26/07/2013 17:10

Flores e velas se acumulavam na Catedral de Santiago de Compostela, enquanto fam�lias aflitas continuavam � espera de not�cias dos mortos no pior acidente ferrovi�rio na Espanha desde 1944.

Junto �s flores - azuis, brancas e vermelhas - deixadas na entrada da catedral, tamb�m repousavam as conchas de vieira - s�mbolo do padroeiro da cidade, Santiago e que mostram o caminho que os peregrinos devem seguir para chegar at� l�.

"Porque vossa viagem n�o termina aqui. Estamos convosco", l�-se em um bilhete deixado entre as imagens de Jesus e Santiago, em homenagem �s 78 v�timas fatais do descarrilamento de quarta-feira.

"Que descansem em paz", pede Dulcilei Ramella, uma professora brasileira aposentada, de 56 anos, que trabalha para uma associa��o religiosa local, depois de deixar um par de andorinhas brancas de papel no meio das flores.

"O p�ssaro � um s�mbolo de paz. Paz para as v�timas e conforto para as fam�lias", explicou.

Em frente a um hotel pr�ximo, as bandeiras de Uni�o Europeia, Espanha, Santiago de Compostela e da regi�o da Gal�cia foram hasteadas a meio pau.

Ao meio-dia, pol�ticos e funcion�rios administrativos fizeram cinco minutos de sil�ncio aos p�s das diferentes sedes do governo regional.

Do lado de fora do hospital, onde a maioria dos feridos est� sendo tratada, dezenas de m�dicos e enfermeiros tamb�m fizeram um pequeno ato pelas v�timas antes de voltarem ao trabalho. Do lado de dentro, familiares esperam por novas not�cias daqueles que est�o internados na Unidade de Tratamento Intensivo.

"Agora, estamos mais tranquilas, desde que estamos aqui. A incerteza foi a pior parte, a noite do acidente e a manh� de ontem", desabafou Concha Beneyto, de 59.

Quando ouviu que duas de suas irm�s estavam no trem acidentado, Concha Beneyto partiu da mediterr�nea Valencia, onde mora, para a regi�o atl�ntica da Gal�cia.

Suas duas irm�s viajavam com outro parente para participar das festas de quarta-feira � noite, na v�spera do dia do Ap�stolo Santiago. Uma delas se encontra em coma no hospital. A outra est� consciente e j� fala com a fam�lia, depois de ter sido submetida a uma cirurgia na cabe�a.

"Ela disse que o trem ia muito r�pido, e uma bolsa caiu, porque havia muito movimento no vag�o. Depois, ela se lembra apenas do sangue na cabe�a dela. Foi uma das primeiras a sair do trem", contou Concha.

"Ela ficou bastante tempo no lugar, depois come�ou a se sentir mal", disse outra parente, Sonia Belenguer de 31, acrescentando que "ela vomitou um pouco de sangue e transferiram-na para c�".

As festividades de Santiago, das quais muitos passageiros esperavam participar, foram suspensas em raz�o do descarrilamento do comboio, a poucos quil�metros da cidade.

Na regi�o da Gal�cia, foi declarado luto de sete dias, e o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, natural dessa localidade, proclamou tr�s dias em n�vel estadual.

A per�cia continua trabalhando para identificar os �ltimos tr�s corpos, enquanto as fam�lias seguem aguardando, atendidas pelo pessoal da Cruz Vermelha.

Os investigadores advertem que o balan�o pode aumentar, devido � exist�ncia de "tr�s restos mortais" que ainda ser�o analisados para saber "a quantas pessoas correspondem". Dos 178 feridos no acidente, 81 continuam internados, sendo 31 em estado grave.

O vice-presidente do governo regional, Alfonso Rueda, afirmou que "mais de 60 corpos" j� haviam sido "entregues" �s suas fam�lias.

"Agora, assim que esse trabalho estiver encerrado, � preciso come�ar a planejar o ato em homenagem �s v�timas e suas fam�lias", declarou em entrevista coletiva, de p�, ao lado das bandeiras espanhola e galega, ambas com um la�o preto, em sinal de luto.

"A prioridade", frisou, "� atender os feridos, as fam�lias e identificar as v�timas".

Segundo o prefeito de Santiago, �ngel Curras, "a cidade vai levar muito tempo para se recuperar".

O funeral em homenagem �s v�timas ser� realizado na pr�xima segunda-feira, 29 de julho, �s 19h (14h de Bras�lia), na catedral da cidade - declarou nesta sexta um porta-voz da Arquidiocese de Santiago de Compostela.


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