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Estado de Minas

Argentina busca aumentar sua produ��o de carne com DIU bovino


postado em 29/07/2013 16:10

O governo argentino experimenta, pela primeira vez a n�vel nacional, o uso de um DIU bovino, criado por um veterin�rio local, que est� sendo exportado ao Brasil e � Espanha e permite aumentar a produ��o de carne e evitar o abate de f�meas prenhas.

� uma prova de fogo para Enrique Tur�n, um veterin�rio de Pergamino, prov�ncia de Buenos Aires, no cora��o agr�cola-pecu�rio do pa�s, que inventou o primeiro dispositivo intrauterino para bovinos (DIUB) do mundo e de que obteve a patente internacional da Uni�o Europeia (UE).

"� um dispositivo de muito baixo custo, 17 pesos (U$ 3), que � colocado no �tero das vacas. Seu uso � indicado para f�meas que j� cumpriram seu ciclo reprodutor de cinco a sete bezerros, ou que est�o destinadas � engorda", explica Tur�n � AFP no campo onde fabrica seu inovador produto.

A carne bovina, prato principal da dieta na Argentina, um dos maiores fornecedores de alimentos do mundo, registrou entre 1958 e 2011 uma queda de 50%, passando de uma m�dia de 98,4 a 53,4 quilos, segundo o Instituto de Promo��o da Carne Bovina (IPCV).

A queda do consumo foi simult�nea � da produ��o e nisso incidiu a matan�a de f�meas prenhas, j� que, de uma m�dia anual de cinco milh�es de vacas que chegam aos frigor�ficos, um milh�o chega com fetos em diferentes est�gios.

"� necess�rio que as f�meas que ser�o abatidas cheguem vazias porque o feto absorve os nutrientes e a m�e emagrece. Com o DIUB estimamos que v�o ser produzidos 5% a mais de carne por animal, o que, considerando um milh�o de vacas, � uma cifra significativa", diz o especialista de 47 anos em seu pequeno campo de Pergamino, 245 km ao norte de Buenos Aires, onde trabalha junto a dois empregados.

"Machos e f�meas juntos no campo"

O interesse que o produto despertou nas prov�ncias pecuaristas em um plano piloto em 2012 convenceu o governo a lan�ar o Programa Nacional de Promo��o do Dispositivo Intrauterino Bovino (DIUB), disse � AFP o sub-secret�rio de Pecu�ria, Alejandro Lotti.

Isso significa que o Estado financiar� a distribui��o de 220.000 DIUB este ano e uma quantidade similar no pr�ximo, entre 20.000 pequenos e m�dios produtores, com at� 200 cabe�as.

"Esperamos que os produtores tenham incorporando como uma pr�tica comum porque � importante levando em conta o tipo de produ��o de pecu�ria extensiva que a Argentina tem, com machos e f�meas juntos no campo", acrescentou Liotti.

A Argentina tem atualmente 58 milh�es de cabe�as de gado, segundo cifras oficiais, mas perdeu gado desde 2008 e 2009 quando muitos pecuaristas liquidaram parte de sua fazenda devido � seca e � pol�tica oficial que denunciavam como desalentadoras, para se voltar a atividades mais rent�veis como a soja, agora o maior produto de exporta��o do pa�s.

Entre janeiro e abril, o pa�s produziu 917.000 toneladas de carne, o que significa 10,2% a mais na compara��o anual e este crescimento obedece ao aumento no abate de f�meas, segundo a C�mara da Ind�stria e Com�rcio de Carnes e Derivados (CICCRA).

Um produto de exporta��o

Cerca de 2,5 milh�es do dispositivo de Tur�n, tamb�m docente da Universidade Nacional do Noroeste da prov�ncia de Buenos Aires, j� foram exportados ao Brasil, Paraguai, Uruguai, Bol�via e Espanha.

"O Brasil, para onde enviamos quatro carregamentos, est� usando (o DIUB) em fazendas privadas, mas j� tivemos contato com funcion�rios de governo, como na Col�mbia, onde esperamos a aprova��o do Instituto Colombiano Agropecu�rio", explicou Tur�n.

Na UE, a empresa obteve a patente internacional PCT, que oferece uma maior cobertura e permite introduzir modifica��es para seu melhoramento.

Tur�n afirmou que o dispositivo est� em sintonia com a ideia de respeito ao bem-estar animal, um tema que tem ganhando for�a nos �ltimos tempos e que fez com que, na Espanha, por exemplo, fosse proibida a castra��o de porcos.

"Me parece algo realmente revolucion�rio e, al�m disso, n�o � sangrento", disse � AFP Marco Franco, professor de Etologia da Universidade de Salvador. "N�s, na c�tedra de obstetr�cia, sempre trabalhamos nisso buscando uma solu��o e o DIUB � algo praticamente inofensivo", acrescentou.


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