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Estado de Minas

Papa acolhe gays e ataca lobbies no Vaticano


postado em 30/07/2013 08:53

O papa Francisco abre as portas da Igreja aos gays e se prepara para acolher os divorciados, facilitando a anula��o de casamentos. Os an�ncios foram feitos pelo pont�fice que, quebrando tabus, deixa claro que estende a m�o a esses segmentos. “Se uma pessoa � gay e procura Deus e tem boa vontade quem sou eu para julg�-la”, declarou. “O catecismo da Igreja explica isso muito bem. Diz que eles n�o devem ser discriminados por causa disso, mas devem ser integrados na sociedade.”


Se a posi��o pastoral sobre os gays pode representar mudan�a, Francisco, por�m, disse que n�o haver� nova opini�o do Vaticano sobre a ordena��o de mulheres, aborto ou casamento gay. O que deve mudar � a forma de tratar as pessoas - n�o s� em rela��o aos gays, mas tamb�m pelo an�ncio a respeito dos casamentos.

Ao responder sobre a admiss�o dos divorciados na comunh�o, o santo padre mostrou que a sa�da tamb�m � pastoral. “A Igreja � m�e. Ela cura os feridos.” E fez o an�ncio de que em breve revisar� a anula��o de matrim�nios, sob a alega��o de que a maioria deles � nula. E isso deve ser objeto do pr�ximo s�nodo dos bispos.

O papa concordou em dar uma entrevista sem conhecimento pr�vio das perguntas - como pediam seus antecessores - aos jornalistas que o acompanharam no voo entre o Rio e Roma, ap�s ter participado da Jornada Mundial da Juventude. Na conversa de quase 1h30, disse que � papa “normal” e “peca”. Longe de infal�vel, Francisco admite: tem seus limites.

Com as m�os no bolso, o papa encostou-se na parede e apoiou-se nas poltronas como se conversasse com amigos. Riu, contou hist�ria e fez piadas. E, apesar do cansa�o, avisou: vai viajar muito nos pr�ximos anos. N�o houve tema tabu. Falou de tudo e n�o deixou pergunta sem resposta.

O pont�fice tratou dos gays ao responder sobre o monsenhor Battista Mario Ricca, nomeado por ele para o Banco do Vaticano. No passado, Ricca teria mantido rela��es homossexuais - um suposto lobby gay no Vaticano o teria ajudado. “Quando vamos confessar e n�s dizemos que pecamos, o senhor esquece e n�s n�o temos o direito de n�o esquecer.”

Para ele, o problema do lobby gay “� fazer lobby”. “O problema n�o � ter essa tend�ncia (homossexual). N�o! O problema � fazer lobby, o lobby dos avaros, o lobby dos pol�ticos, o lobby dos ma�ons, tantos lobbies. Esse � o pior problema.”

Empolga��o

Militantes pelos direitos dos gays receberam com empolga��o as palavras do papa. “Percebo que a Igreja come�a a rever algumas posi��es. Sem d�vida, foi um passo muito importante”, disse Carlos Magno Silva Fonseca, presidente da Associa��o Brasileira de L�sbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Ele frisou que “s� ele n�o atacar, j� ajuda muito” e relembrou que as posturas de Bento XVI e Jo�o Paulo II eram “claras contra a comunidade homossexual”.

O presidente da Associa��o da Parada do Orgulho LGBT de S�o Paulo, Fernando Quaresma, ressaltou que a “declara��o representa um grande avan�o. Todos os outros papas s� fizeram cr�ticas destrutivas.”

A organiza��o feminista Cat�licas pelo Direito de Decidir faz uma leitura mais contida das falas. “Claro que h� uma diferen�a no discurso de um papa que diz ‘quem sou eu para julgar um gay’ se compararmos aos que condenavam veementemente a homossexualidade, mas � superficial, j� que fica no discurso, n�o provoca mudan�a estrutural na doutrina”, diz a coordenadora Regina Soares Jurkewicz.


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