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Estado de Minas

Trag�dia ferrovi�ria na Espanha aconteceu enquanto maquinista falava ao telefone


postado em 30/07/2013 18:10

O trem que descarrilou em Santiago de Compostela causando a morte de 79 pessoas estava a 153 km/h no momento da trag�dia em um trecho limitado � metade, revelaram nesta ter�a-feira as caixas pretas indicando que o maquinista falava ao telefone com um colega no momento do acidente.

No dia 24, a composi��o, com mais de 200 pessoas a bordo, descarrilou a 4 km de sua chegada � esta��o de Santiago, em um trecho em que a linha, de alta velocidade, passava a uma via convencional, com uma velocidade limitada a 80 km/h ao aproximar-se da cidade.

"No momento em que saiu dos trilhos, o trem circulava a 153 km/h", em uma zona em que o limite � de 80 km/h, informou o Tribunal Superior de Justi�a da Gal�cia, depois de analisar as caixas pretas.

Segundo os dados extra�dos das caixas pretas, o maquinista Francisco Jos� Garz�n Amo, um experiente profissional de 52 anos, foi indiciado por homic�dio por imprud�ncia porque falava ao telefone no momento do acidente. Ele parecia consultar o trajeto do trem.

Os dados extra�dos das caixas pretas confirmaram a distra��o do maquinista.

"Pelo �udio armazenado nas caixas pretas foi poss�vel saber que o maquinista estava falando ao telefone com o pessoal da Renfe (companhia ferrovi�ria espanhola, nr), aparentemente com um controlador, no momento do acidente", explicou o tribunal.

Minutos antes do acidente, o maquinista "recebeu uma liga��o em seu telefone profissional para indicar o caminho que tinha que seguir ao chegar a Ferrol", seu destino final. "Pelo conte�do da conversa e pelo barulho de fundo, parece que o maquinista consulta um mapa ou algum documento semelhante em papel", acrescentou a fonte.

A hip�tese de excesso de velocidade estava sendo privilegiada pelos investigadores desse acidente que comoveu o pa�s, principalmente a regi�o da Gal�cia, no noroeste, onde as festas do ap�stolo Santiago foram canceladas devido � trag�dia.

In�meros jornais espanh�is afirmaram que o maquinista - que aparentemente conhecia bem o trajeto - teria declarado ao juiz que havia confundido o trecho em que se encontrava.

"Acreditava estar em um trecho diferente do tra�ado e, quando come�ou a reduzir a velocidade, era tarde demais para manter o controle da composi��o", indicou o jornal El Pa�s.

O acidente aconteceu numa linha de alta velocidade tamb�m utilizada por trens convencionais, mas que n�o est� equipada com um sistema de freagem autom�tica em caso de excesso de velocidade.

Onde aconteceu a trag�dia, o trem deixa uma longa reta de mais de 80 km a uma velocidade m�xima de 220 km/h para entrar nesta curva perigosa, com velocidade limitada a 80 km/h.

Segundo uma lideran�a sindical, o pr�prio Garz�n havia alertado seus superiores a respeito de problemas de seguran�a nesse trecho.

Garz�n "havia afirmado que � incr�vel que n�o se controle a velocidade nesse lugar, em que n�o se pode passar de 200 km/h para 80 km/h diretamente, sem uma supervis�o por meio de um sistema de seguran�a", declarou � AFP Rafael Rico, porta-voz do sindicato de maquinistas Semaf, da Gal�cia.

"Os maquinistas sabem, e ele mesmo havia dito ao seu superior, que n�o era poss�vel aceitar algo assim. Ele disse isso no dia seguinte ao acidente, quando estava no hospital. Disse que era um lugar em que todo mundo sabia que era dif�cil circular", acrescentou Rico.

Segundo a porta-voz da Adif, na zona do acidente, devido � mudan�a de velocidade m�xima autorizada, o sistema de seguran�a passa do europeu ERTMS (European Rail Traffic Management System) para o espanhol ASFA (An�ncio de Sinais e Frenagem Autom�tica), adaptado a velocidades de at� 200 km/h, mas que n�o freia automaticamente o trem quando este supera o limite de velocidade.

Por causa do acidente, a seguran�a das ferrovias espanholas est� sendo avaliada pela companhia p�blica Adif, que gerencia a rede.

"Depois do acidente, o protocolo adotado � comprovar se tudo est� funcionando corretamente", explicou uma porta-voz.

Al�m dos 79 mortos, 66 pessoas continuam internadas, 15 delas em estado cr�tico, incluindo um menor de idade.


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