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Estado de Minas

Asilo da R�ssia a Snowden p�e governo Obama na corda bamba


postado em 01/08/2013 18:10

O asilo tempor�rio de um ano concedido pela R�ssia ao ex-consultor de intelig�ncia Edward Snowden deixa o governo Barack Obama na corda bamba, no momento em que se tenta impedir o Congresso de limitar a vigil�ncia das comunica��es eletr�nicas.

Apesar das advert�ncias de Washington, a R�ssia finalmente deu asilo tempor�rio a Snowden, que nesta quinta-feira deixou o aeroporto internacional de Moscou - onde estava h� mais de um m�s - e foi transferido para um "lugar seguro" que ser� mantido em sigilo.

A Justi�a americana acusou o ex-consultor de intelig�ncia, de 30 anos, de espionagem pelo vazamento das opera��es de vigil�ncia de telecomunica��es realizadas pela Ag�ncia de Seguran�a Nacional (NSA, na sigla em ingl�s).

A Casa Branca se disse "extremamente decepcionada" com a decis�o da R�ssia, no mais recente atrito entre os dois pa�ses que deteriorou ainda mais as rela��es entre os dois ex-inimigos da Guerra Fria.

O congressista democrata Robert Menendez, que presidente a poderosa Comiss�o de Rela��es Exteriores no Senado, avaliou que a decis�o de Moscou representa "um golpe para as rela��es entre russos e americanos". Ele reiterou a posi��o de Washington, que defende que "a R�ssia deve expulsar Snowden para que seja julgado" nos Estados Unidos.

A rea��o do influente senador John McCain foi ainda mais severa: o asilo a Snowden � "uma bofetada em todos os americanos", denunciou, pedindo a Obama que avalie sua rela��o com o presidente russo, Vladimir Putin.

Para Steven Pifer, especialista nas rela��es EUA-R�ssia na Brookings Institution, o asilo concedido ao ex-consultor de intelig�ncia n�o � "uma boa not�cia".

Enquanto Snowden estava no aeroporto, "ainda havia a possibilidade de ver os russos expuls�-lo para um terceiro pa�s, o que, na minha opini�o, teria sido a melhor solu��o", afirmou Pifer, ex-embaixador na Ucr�nia.

Especulando sobre as repres�lias que podem ser aplicadas pelos Estados Unidos, Pifer disse esperar uma rea��o cautelosa, j� que "Putin demonstrou que reage muito mal �s amea�as".

Depois da concess�o do asilo, a Casa Branca afirmou nesta quinta-feira que est� avaliando a utilidade de realizar a c�pula entre Putin e Obama, no in�cio de setembro, em Moscou, como pr�via para a reuni�o do G-20 em S�o Petesburgo.

-- Disputa diplom�tica, crise pol�tica --

"Por causa de Snowden e da repress�o pol�tica (...), se Obama participar da c�pula bilateral com Putin, ser� criticado" nos Estados Unidos, previu Pifer. "A verdadeira quest�o � saber se Putin est� disposto a tornar essa c�pula frut�fera para que os resultados justifiquem o pre�o pol�tico que o presidente pagar�" em casa.

Em meio ao enredo diplom�tico pelo asilo dado a Snowden pela R�ssia, o governo ainda tem de enfrentar uma crise pol�tica interna com os questionamentos no Congresso pelo programa de vigil�ncia das telecomunica��es.

Em 24 de julho, a C�mara de Representantes rejeitou em uma apertada vota��o uma emenda que teria cortado o financiamento do programa. O texto uniu congressistas democratas e republicanos.

Na tentativa de aliviar a press�o e em nome da "transpar�ncia", a Dire��o de Intelig�ncia Nacional (DNI) "desclassificou" na quarta-feira documentos sigilosos sobre as opera��es de vigil�ncia. Em uma de suas raras declara��es sobre o assunto, Obama pediu que seja encontrado um "equil�brio" entre a transpar�ncia e a seguran�a nacional.

Al�m disso, como sinal de seu envolvimento, o presidente americano deve se reunir nesta quinta-feira com "representantes do Congresso de ambos os partidos para discutir temas cruciais" de intelig�ncia.

"O presidente acha que � importante ouvir o que o Congresso tem a dizer, incluindo (os representantes) que criticam esses programas", disse uma fonte da Casa Branca, que pediu para n�o ser identificada.

Os membros do governo Obama "tentam encontrar uma forma de proteger os programas que continuam sendo importantes, na sua opini�o, para a seguran�a nacional", acrescentou Pifer.

Para ele, muitas perguntas ter�o de ser respondidas, "se (o governo) quiser que o Congresso continue apoiando esses programas".


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