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Estado de Minas

Asilo a Snowden � um golpe duro nas rela��es entre os EUA e a R�ssia


postado em 02/08/2013 13:55

O asilo pol�tico que a R�ssia concedeu ao americano Edward Snowden representa um duro golpe nas rela��es diplom�ticas com os Estados Unidos e poderia at� mesmo levar ao cancelamento da pr�xima visita do presidente Barack Obama aos russos, mas tanto o Kremlin como a Casa Branca n�o t�m interesse em romper definitivamente a coopera��o, avaliam os analistas.

Os Estados Unidos pediram � R�ssia a expuls�o do ex-consultor da Ag�ncia de Seguran�a Nacional (NSA) em diversas ocasi�es, e na quinta-feira, o porta-voz da Casa Branca expressou a extrema decep��o das autoridades americanas com os russos.

Tamb�m questionaram a "utilidade" de uma c�pular bilateral no in�cio de setembro entre Barack Obama e Vladimir Putin.

Originalmente, a previs�o � de que o encontro ocorresse antes do G20, em S�o Petersburgo.

"A decis�o de Moscou ter� consequ�ncias negativas a curto prazo. Os Estados Unidos pressionaram a R�ssia para que n�o recebesse Snowden. Os russos, por sua vez, n�o satisfizeram as expectativas dos americanos e, agora, Washington n�o pode ignorar isso", acredita o cientista pol�tico Fyodor Lukyanov, chefe de reda��o da revista "A R�ssia na pol�tica mundial".

"Obama n�o pode agir como se nada tivesse acontecido e se reunir com Putin, especialmente porque o l�der americano recebe cr�ticas internas devido � sua posi��o passiva diante da R�ssia". Por isso, h� "poucas chances" de que a visita a Moscou seja mantida, explica Lukyanov.

O caso Snowden se junta a uma longa lista de disputas entre as duas na��es, que s�o a causa da deteriora��o das rela��es bilaterais nos �ltimos meses.

"As rela��es v�o muito mal", observa Maria Lipman, do Centro Carnegie, citando a lei que pro�be os americanos de adotarem crian�as russas, votada em retalia��o � "lista Magnitiski", que pro�be a entrada nos Estados Unidos de funcion�rios russos envolvidos na morte de um advogado russo, ou mesmo "a quest�o da S�ria".

"H� um risco de que o ofendido presidente Obama perca o interesse pela R�ssia, mas, mesmo assim, n�o seria fatal. A R�ssia n�o quer romper definitivamente os la�os com os Estados Unidos. As declara��es de Putin sobre o caso Snowden mostram bem que essas rela��es s�o interessantes para ele", acredita a especialista.

O presidente russo afirmou que "privilegiaria" as rela��es bilaterais no caso Snowden e ressaltou que o fugitivo poderia ficar no pa�s se parasse com as atividades prejudiciais aos Estados Unidos.

O presidente Obama, por sua vez, est� interessado em trabalhar com os servi�os de intelig�ncia russos, ap�s os ataques de Boston, cujo principal suspeito � do C�ucaso, al�m de querer abordar a quest�o do desarmamento, destacam os analistas.

Na quinta-feira, o mundo ficou sabendo que a R�ssia concederia o asilo tempor�rio a Snowden.

O influente conselheiro do Kremlin, Yuri Ushakov, tentou minimizar o impacto da decis�o, avaliando o caso como "muito insignificante para influenciar nas rela��es bilaterais".

Nesta sexta-feira, Ushakov se reuniu com o embaixador americano em Moscou, Michael McFaul, para discutir a nova situa��o de Snowden.

Por�m, Alexei Pushkov, presidente do Comit� de Rela��es Exteriores da Duma, disse na sexta-feira que o senador dos Estados Unidos John McCain chamou a decis�o de Moscou de "tapa" e de "tentativa deliberada de contrariar a Am�rica".

"N�o � verdade. Foram os Estados Unidos que privaram a R�ssia de escolher, ao retirar de Snowden as rotas para que ele deixasse Moscou ", escreveu Pushkov.

Este � um ponto de vista compartilhado por Valeri Garbuzov, especialista do Instituto EUA-Canad�. "A R�ssia n�o precisava do caso Snowden. Mas, diante dos fatos, o governo precisou reagir. Extradit�-lo n�o seria humanista e promover o asilo agravaria as rela��es que s�o mais importantes que Snowden", disse.

Os especialistas concordam, no entanto, ao avaliar que o pragmatismo vai prevalecer em ambos os lados e, depois de uma pausa, as rela��es ser�o retomadas de uma maneira ou de outra.

"As rela��es russo-americanas sempre foram conduzidas, alternando o di�logo construtivo com as tens�es e confrontos", concluiu Garbuzov.


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