O governo interino do Egito deve trabalhar por uma "reconcilia��o" entre os diferentes lados pol�ticos, pediu nesta segunda-feira o secret�rio de Defesa americano, Chuck Hagel, reconhecendo que a influ�ncia de seu pa�s na quest�o � "limitada".
"A viol�ncia deve parar, o estado de exce��o deve ser suspenso", declarou o ministro americano, explicando que a coopera��o com o Cairo est� sendo reavaliada em "todos os aspectos".
Desde a queda do presidente Mohamed Mursi no �ltimo 3 de julho, Hagel reuniu-se mais de 15 vezes com o chefe do regime, o general Abdel Fattah al-Sissi, insistindo, sem sucesso, na mesma mensagem.
Num reconhecimento de suas limita��es, ele deixou escapar: "Nossa capacidade de influ�ncia nos acontecimentos � limitada. Cabe ao povo eg�pcio agir (...), a solu��o deste problema � de sua responsabilidade".
Chuck Hagel, que fez essas declara��es em uma coletiva de imprensa ao lado do hom�logo chin�s, Chang Wanquan, deixou claro, contudo, que a manuten��o da coopera��o com o Cairo � desej�vel em fun��o das negocia��es entre Israel e Palestina.
As negocia��es recome�aram ap�s tr�s anos de total paralisa��o, e o Egito pode ter a um papel determinante no processo.
"N�s temos interesses no Oriente M�dio, interesses que compreendem, n�s esperamos, alguns progressos em dire��o a um entendimento entre israelenses e palestinos. N�s continuaremos ent�o a trabalhar com o governo interino e com as for�as armadas eg�pcias", explicou Hagel.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na semana passada o cancelamento de um exerc�cio militar conjunto e pediu que a ajuda militar de 1,3 bilh�o de d�lares anuais seja reavaliada.
De acordo com o secret�rio de Defesa, ap�s a entrega de quatro avi�es F-16 ao Ex�rcito eg�pcio, Washington reavalia a oportunidade de manter ou de suspender o envio de helic�pteros de ataque.
A prud�ncia e as hesita��es da pol�tica externa americana sobre o conflito eg�pcio s�o duramente criticadas pela imprensa e pelos parlamentares republicanos, liderados pelo senador John McCain.