Pela primeira vez desde que tomou posse h� 15 meses, o presidente da Fran�a, Fran�ois Hollande, deve visitar o Brasil. A viagem, acertada entre o presidente franc�s e Dilma em maio, ocorrer� at� dezembro, em data que ainda est� sendo definida. A amigos e assessores, Hollande costuma dizer que h� afinidades entre o Brasil e a Fran�a.
Nas reuni�es com assessores, nos �ltimos meses, Hollande reiterou sua decis�o de ampliar as rela��es com o Brasil e os demais integrantes do Brics (grupo formado pelo Brasil, a R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul), como tamb�m com o Jap�o.
Paralelamente, a Fran�a tem assumido a lideran�a em v�rias discuss�es internacionais, como o debate sobre o agravamento da crise na S�ria. Nesta quarta-feira, Hollande disse que seu pa�s est� pronto para intervir militarmente na S�ria e colaborar na puni��o aos respons�veis pelo uso de armas qu�micas nos confrontos.
A posi��o de Hollande � diferente da assumida at� o momento pelo Brasil. As autoridades brasileiras recomendam cautela e investiga��es profundas para averiguar se houve o uso de armas qu�micas na S�ria e, em caso afirmativo, que se busque os respons�veis.
Para Hollande, � responsabilidade da comunidade internacional tamb�m a prote��o aos civis, como estabelece a Assembleia Geral da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) desde 2005. A oposi��o acusa o governo do presidente s�rio, Bashar Al Assad, de usar g�s t�xico. Assad nega. Em dois dias, nos arredores de Damasco, capital s�ria, 750 pessoas morreram em decorr�ncia do uso de armas qu�micas, inclusive crian�as e adolescentes.
A crise na S�ria foi deflagrada em mar�o de 2011, matando mais de 100 mil pessoas. Os confrontos foram provocados por diverg�ncias pol�ticas entre o governo e a oposi��o. Pressionado a deixar o cargo, Assad se nega e reage aos ataques oposicionistas. A comunidade internacional analisa a hip�tese de interven��o militar. A proposta conta com o apoio da Fran�a, do Reino Unido e dos Estados Unidos e uma forte oposi��o da China.