Os mamutes-lanosos, que desapareceram progressivamente da superf�cie da Terra h� 10 mil anos, viram seu hist�rico demogr�fico fortemente afetado pelas mudan�as clim�ticas, revela uma an�lise gen�tica que ser� publicada na quarta-feira.
Estes grandes herb�voros, perfeitamente adaptados ao frio e a uma paisagem de estepes �rida, eram muito comuns no Pleistoceno superior (entre 116.000 e 12.000 anos), espalhando-se por grande parte do Hemisf�rio norte.
Mas, assim como ocorreu no fim da �ltima era glacial, h� 10 mil anos, o per�odo precedente de aquecimento, cerca 120 mil anos atr�s, coincidiu com um decl�nio importante de sua popula��o, segundo esta an�lise. Os mamutes ficaram, ent�o, confinados em pequenos bols�es de h�bitat favor�vel.
Uma equipe de cientistas suecos e brit�nicos, chefiada por Eleftheria Palkopoulou, do Museu Sueco de Hist�ria Natural, em Estocolmo, mostra igualmente que a Europa era povoada por um tipo geneticamente diferente de mamute, que foi substitu�do pelos mamutes da Sib�ria, h� 30.000 anos.
O estudo ser� publicado na revista Proceedings B da Royal Society brit�nica.
Os cientistas decodificaram o c�digo gen�tico de f�sseis de mamute encontrados no norte da Eur�sia e na Am�rica do Norte.
"N�s constatamos que o per�odo quente de 120 mil anos atr�s provocou um decl�nio e uma fragmenta��o das popula��es conforme o que n�s pudemos prever nas esp�cies adaptadas ao frio, como os mamutes-lanosos", explicou Eleftheria Palkopoulou.
Segundo os cientistas, esta fragmenta��o levou ao desenvolvimento de um tipo diferente de mamute na Europa, que desapareceu na segunda metade do �ltimo per�odo glacial.
"Parece que as mudan�as ambientais desempenharam um papel importante na hist�ria demogr�fica dos mamutes lanosos, per�odos quentes limitando seu h�bitat e per�odos frios que levaram � expans�o populacional", conclu�ram os cientistas.
Falta determinar porque os mamutes-lanosos conseguiram sobreviver em bols�es de territ�rio em per�odos interglaciares precedentes, mas n�o no Holoceno, era que come�ou h� 10.000 anos. Os cientistas relataram ter visto ali "a chave para compreender o mecanismo por tr�s de sua extin��o final".