O presidente do Comit� Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Peter Maurer, pediu nesta quarta-feira que os diplomatas que trabalham contra a amea�a de armas qu�micas na S�ria se dediquem a permitir que o trabalho humanit�rio seja realizado no pa�s.
"Esperamos que isso fa�a parte das discuss�es de amanh� (quinta-feira), em Genebra, entre os l�deres das diplomacias russa e americana, mas tamb�m, de forma mais ampla, de todos os esfor�os internacionais", declarou o presidente a um pequeno grupo de jornalistas.
"N�s vimos que v�rias atividades diplom�ticas foram iniciadas no momento em que h� uma preocupa��o leg�tima relacionada ao uso de armas qu�micas e � escalada da guerra", disse.
"Vale lembrar que o CICV acolhe todos os esfor�os diplom�ticos que est�o sendo feitos", ressaltou.
Mas, observou, "queremos ver o mesmo tipo de esfor�o e energia para criar condi��es para que os trabalhadores humanit�rios possam atuar e as organiza��es se movimentem no terreno", disse.
Maurer repetiu seu apelo para que as partes em conflito garantam um acesso mais amplo � S�ria e pelo respeito � imagem da organiza��o e a sua neutralidade, ressaltando que volunt�rios e trabalhadores humanit�rios enfrentam enormes dificuldades "ao atravessar as linhas de guerra" e para ter acesso a zonas de combate.
Ele tamb�m pediu que as partes em conflito, bem como todos aqueles com influ�ncia sobre as partes, respeitem os princ�pios humanit�rios b�sicos, incluindo o direito das pessoas a receber bens humanit�rios, o direito das organiza��es ao acesso �s v�timas e � prote��o dos hospitais e servi�os m�dicos.
Sua preocupa��o � ainda maior porque a situa��o no terreno est� piorando. "Vemos um aumento significativo do sofrimento do povo", lamentou.
Maurer tamb�m ressaltou que nenhuma das partes respeitou o princ�pio do direito das organiza��es humanit�rias em ajudar os feridos e v�timas da guerra. Tratar combatentes feridos � visto por "ambas as partes como um apoio militar � outra parte", lamentou o ex-diplomata su��o.
Ele tamb�m lamentou que o CICV ainda n�o teve acesso �s pris�es na S�ria e que a organiza��o ainda n�o recebeu permiss�o para ir ao local do suposto ataque qu�mico de 21 de agosto perto de Damasco.