O Papa Francisco fez um apelo aos governos para que adotem "instrumentos normativos" para proteger os imigrantes que "n�o s�o os pe�es da humanidade", anunciou o Vaticano.
Em sua primeira mensagem em vista do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado (19 de janeiro), Francisco considerou que os meios de comunica��o t�m "uma grande responsabilidade" nesta era de r�pida globaliza��o.
Cabe a esses meios "desmascarar estere�tipos e fornecer informa��es corretas quando relatar o erro de alguns (os imigrantes), mas tamb�m ao descrever a honestidade, retid�o e magnanimidade da maioria", declarou em sua mensagem apresentada nesta ter�a-feira � imprensa.
Ele lembrou que o imigrante � habitado pela "confian�a e esperan�a", e que deseja como todos os homens e mulheres "mais, n�o somente saber mais ou ter mais, mas ser mais". Neste contexto, todos os aspectos da pessoa, "incluindo a dimens�o espiritual", devem ser promovidos e protegidos.
A realidade da imigra��o requer "uma coopera��o internacional" com "a ado��o, por todos, de instrumentos normativos que protejam e promovam a pessoa humana". Em vez de criar "barreiras intranspon�veis", os governos devem buscar uma "boa sinergia para enfrentar os desequil�brios s�cio-econ�micos e a globaliza��o sem regras".
"Nenhum pa�s pode enfrentar sozinho as dificuldades associadas a este fen�meno", advertiu o pont�fice.
O Papa denunciou ainda "as situa��es em que a imigra��o n�o s� � for�ada, mas tamb�m realizada atrav�s de v�rias formas de tr�fico de seres humanos e escravid�o. O trabalho escravo � comum hoje em dia", acusou.
Jorge Mario Bergoglio reiterou assim as den�ncias que j� havia feito em sua viagem � ilha italiana de Lampedusa, e em uma visita a um centro de imigrantes administrado por jesu�tas no centro de Roma.
A atitude de "defesa e medo, de abandono e marginaliza��o" dos imigrantes � uma forma de "cultura do desperd�cio", uma f�rmula constantemente utilizada por Francisco para denunciar todas as recusas e a exclus�o dos seres vivos.