Mergulhadores que procuram as duas �ltimas v�timas do acidente com o navio Costa Concordia, que naufragou na It�lia, encontraram alguns ossos nesta quinta-feira no fundo do mar, aumentando as esperan�as para seus parentes ap�s 20 meses de espera.
Os ossos s�o presumivelmente humanos, declarou � AFP Francesca Maffini, porta-voz da ag�ncia de Defesa Civil, que est� supervisionando as opera��es de busca.
"Eles estavam do exterior do navio, em uma parte do fundo do mar que ficou exposta quando a embarca��o foi levantada", explicou.
No entanto, Maffini informou que nada pode ser confirmado sem um teste de DNA, que pode levar v�rios dias.
A busca come�ou na �ltima ter�a-feira depois que a embarca��o de 114.500 toneladas foi i�ada, na semana passada, na maior opera��o de resgate de um navio de passageiros ap�s o naufr�gio ocorrido no dia 13 de janeiro de 2012 na pequena ilha de Giglio.
Autoridades declararam acreditar que os dois corpos desaparecidos, da passageira italiana Maria Grazia Trecarichi e do gar�om indiano Russel Rebello, poderiam ter ficado presos sob o casco do navio.
O marido de Trecarichi, Elio Vincenzi, e o irm�o de Rebello, Kevin Rebello, visitaram a ilha v�rias vezes desde o incidente e s�o muito bem acolhidos pela comunidade quando aparecem.
A ag�ncia de not�cias ANSA informou que os ossos foram encontrados perto do conv�s n�mero 4 do navio. No conv�s n�mero 4 se localizavam os botes salva-vidas e foi o local onde muitas das outras v�timas foram encontradas.
"A julgar pelo local onde eles foram encontrados, os restos podem ser das duas v�timas", declarou Franco Gabrielli, chefe da ag�ncia de Defesa Civil, a jornalistas na ilha.
O capit�o da embarca��o, Francesco Schettino, � julgado atualmente por homic�dio culposo m�ltiplo, por abandonar o navio antes que todos os passageiros fossem retirados e por provocar grandes danos ambientais.
As audi�ncias ser�o retomadas no dia 7 de outubro, com uma longa lista de testemunhas de acusa��o para depor.
Quatro outros membros da tripula��o e um executivo da empresa Costa Crociere, propriet�ria do navio, j� foram condenados, mas n�o precisar�o ir para a pris�o pela lei italiana, j� que suas senten�as s�o menores de tr�s anos.
A empresa Costa Crociere tamb�m n�o est� mais envolvida no processo penal, ap�s o pagamento de 1 milh�o de euros (1,3 milh�o de d�lares) em multas e depois de aceitar a responsabilidade limitada por empregar os membros da tripula��o acusados , embora esteja sendo processada por dezenas de sobreviventes atrav�s de tribunais civis.
O Costa Concordia se chocou contra algumas rochas perto da pequena ilha de Giglio, com 4.229 pessoas de 70 pa�ses a bordo, enquanto realizava uma manobra arriscada perto da costa.
O navio de 290 metros de comprimento, ao realizar uma manobra brusca, provocou um rombo enorme no seu casco, mas a ordem de evacuar s� foi dada mais de uma hora depois do acidente - um atraso que se revelou fatal.
Passageiros desesperados foram obrigados a saltar nas �guas geladas no escuro e a nadar at� a praia ou rastejar para a parte exposta do casco para esperar ajuda, depois que alguns botes salva-vidas n�o funcionaram.
As v�timas do desastre inclu�am uma italiana de cinco anos, uma gar�onete peruana que deu seu colete salva-vidas a um passageiro, um m�sico h�ngaro que voltou para pegar seu precioso violino e dois americanos de Minnesota que acabaram muito distantes de suas f�rias de sonho.