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Estado de Minas

Papa Francisco inicia reforma na estrutura do Vaticano

Meta � dar maior voz aos bispos e descentralizar parte das a��es da Santa S�


postado em 01/10/2013 09:13 / atualizado em 01/10/2013 10:08

Sob as ordens do papa de “rasgar e rescrever” a Constitui��o Apost�lica, oito cardeais come�am hoje as reuni�es com Francisco para reformar o Vaticano, sua burocracia, suas opera��es e a forma pela qual se comunica com fi�is e o mundo.

Em abril, o papa anunciou a escolha de oito cardeais que iriam liderar o processo de reforma e que, durante os �ltimos meses, coletaram centenas de propostas de todo o mundo e prepararam um informe de mais de 500 p�ginas.


O l�der do grupo, o cardeal Oscar Rodr�guez Maradiaga, revelou que o pedido do papa n�o era apenas de mudar “isso ou aquilo” na Constitui��o, conhecida como Pastor Bonus. “Essa Constitui��o acabou”, disse Maradiaga, se referindo aos textos que foram emitidos em 1988 pelo papa Jo�o Paulo II. “Vamos fazer algo diferente. Precisamos escrever algo diferente”, disse o cardeal, em entrevista a uma TV canadense.

Mas a reforma da Constitui��o � apenas parte do processo. O papa pediu ao grupo a opini�o sobre o casamento e a possibilidade de divorciados que voltem a se casar poderem comungar, sobre o s�nodo dos bispos e sobre a rela��o entre a Igreja de base e a Igreja em Roma. Segundo o Estado apurou, parte das propostas indica um equil�brio entre uma flexibiliza��o da posi��o da Igreja e a manuten��o dos dogmas intactos.

Fontes no Vaticano admitiram que h� um sentimento nos �ltimos dias entre a C�ria de “expectativa e nervosismo”. “Essa ser� a maior obra de Francisco na Igreja e ele sabe que poder� abalar as estruturas do Vaticano”, reconheceu um religioso na Santa S�, que pediu para n�o ser identificado.

Para fazer a reforma, Francisco escolheu seu G8 (grupo de oito cardeais), mas deixou claro que queria que as propostas fossem coletadas da base. A estrat�gia � mostrar �queles que resistem �s mudan�as que, na pr�tica, o papa apenas est� escutando as realidades de diferentes bispos pelo mundo. “Francisco quer usar sua base como seu pr�prio escudo”, contou outro diplomata.

Um temor do grupo que apoia o papa � que a implementa��o de qualquer uma das propostas de reforma acabe criando um mal-estar pol�tico dentro da C�ria. N�o por acaso, no fim de semana, o papa deu claras indica��es de que n�o aceitar� que a Santa S� se transforme em um local de disputa de poder. No s�bado, em uma conversa com a seguran�a do Vaticano, ele ordenou que os policiais n�o hesitem em punir quem praticar “fofoca”. “Isso � uma guerra travada com a l�ngua”, disse. “Aqui n�o pode haver isso.”

Escuta. Na reuni�o de hoje, o papa vai mais escutar do que falar. Cada um dos cardeais apresentar� sua avalia��o. Mas todos no Vaticano insistem que, nesta semana, nenhuma decis�o ser� tomada. Para Maradiaga, nada do que vai come�ar a ser realizado hoje poder� ser conclu�do em “um ou dois meses”. “Esse ser� um processo longo.”


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