Os inspetores internacionais encarregados da destrui��o das armas qu�micas da S�ria chegaram nesta quarta-feira ao segundo dia de sua miss�o, mas ainda n�o deixaram o hotel em que est�o hospedados, enquanto o Conselho de Seguran�a exigiu de Damasco maior acesso humanit�rio ao pa�s.
Os 15 pa�ses membros do Conselho de Seguran�a da ONU chegaram a um acordo nesta quarta-feira para exigir de Damasco um acesso humanit�rio mais amplo no territ�rio s�rio, informaram fontes diplom�ticas.
Uma declara��o un�nime deve ser adotada formalmente ainda nesta quarta-feira.
O texto exige das autoridades s�rias "a ado��o imediata das medidas" para retirar os obst�culos � entrega de ajuda, al�m da autoriza��o para a entrada de comboios com ajuda da ONU que chegam �s fronteiras s�rias com pa�ses vizinhos.
A R�ssia, aliada do regime do presidente Bashar al-Assad, havia manifestado d�vidas sobre o acesso pelas fronteiras, j� que a ajuda chegaria diretamente a zonas controladas pela oposi��o, nas regi�es leste e norte do pa�s.
Enquanto isso, os 19 inspetores da Organiza��o para a Proibi��o das Armas Qu�micas (OPAQ) estavam em um hotel de Damasco, acompanhados de 14 funcion�rio da ONU.
"Nos pr�ximos dias, eles devem iniciar seus trabalhos para verificar as informa��es fornecidas pelas autoridades s�rias", informou a ONU em um comunicado, acrescentando que essa etapa deve ser conclu�da at� 1� de novembro.
Os especialistas devem iniciar o invent�rio do arsenal qu�mico, aplicando uma hist�rica resolu��o da ONU sobre a destrui��o de armas qu�micas, em um miss�o ambiciosa e perigosa, j� que � realizada em um pa�s em guerra.
Segundo especialistas em desarmamento, a S�ria possui mais de 1.000 toneladas de armas qu�micas, entre elas 300 toneladas de g�s mostarda e sarin, distribu�das em 45 locais diferentes.
Os inspetores da OPAQ chegaram ao pa�s um dia ap�s a partida dos especialistas da ONU, que investigaram sete supostos casos de utiliza��o de armas qu�micas denunciados pelo regime ou pela oposi��o. Eles entregar�o seu relat�rio no fim de outubro.
No terreno, o regime mant�m os bombardeios a redutos rebeldes no sul de Aleppo (norte).
O conflito na S�ria obrigou 2,1 milh�es de pessoas a buscar ref�gio em pa�ses vizinhos. E esse n�mero pode chegar a 3,5 milh�es at� o final do ano, segundo a ONU.
O secret�rio-geral das Na��es Unidas, Ban Ki-moon, deseja arrecadar 3,8 bilh�es de d�lares para os refugiados e pediu ao Kuwait que organize uma segunda confer�ncia de doadores.
Mais de 6,8 milh�es de pessoas necessitam de ajuda humanit�ria em um pa�s onde mais de 115.000 pessoas morreram desde o in�cio do conflito, em mar�o de 2011, segundo um novo balan�o do Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH).