Simpatizantes da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, passaram a noite em frente � Funda��o Favaloro Hospital Universit�rio, em Buenos Aires (Argentina). Homens e mulheres est�o em vig�lia, fazendo ora��es e com cartazes de apoio � presidenta, que ser� submetida a uma cirurgia pela manh�. Os m�dicos v�o drenar um co�gulo que se formou no c�rebro de Cristina Kirchner ap�s uma queda, em agosto, que provocou um traumatismo craniano.
Em frente ao hospital onde est� a presidenta, foram colocadas imagens da Virgen de Luj�n e do Gauchito Gil, fotos do papa Francisco, bandeiras, cartazes, mensagens e flores. “Ela [Cristina Kirchner] � como uma m�e [para mim]. � o que eu sinto”, disse N�stor D�az, um dos simpatizantes de Cristina.
A Presid�ncia da Rep�blica da Argentina informou nessa segunda-feira (7) que Cristina Kirchner ser� operada hoje. Antes, por�m, os presidentes Dilma Rousseff, Juan Manuel Santos (Col�mbia) e Nicol�s Maduro (Venezuela) enviaram mensagens de apoio � l�der argentina. Os presidentes Evo Morales (Bol�via), Rafael Correa (Equador) e Jos� Mujica (Uruguai) enviaram mensagens hoje.
Por um m�s, pelo menos, Cristina Kirchner dever� ficar de repouso. Interinamente, o vice-presidente Amado Boudou desempenha as atividades pol�ticas. Pelo Artigo 88 da Constitui��o da Argentina, a presidenta deve se licenciar do cargo e editar um decreto delegando a��es a Boudou.
A cirurgia da presidenta e o per�odo de repouso, recomendado pelos m�dicos, coincidem com a reta final da campanha para as elei��es para renovar metade da C�mara dos Deputados e um ter�o do Senado.
Atualmente, Cristina – que est� na metade do segundo mandato – conta com a maioria no Congresso. Nas prim�rias, em agosto, o kirchnerismo sofreu a pior derrota em dez anos – desde que Nestor Kirchner foi eleito presidente em 2003 e foi sucedido por sua mulher Cristina Kirchner, reeleita em 2011.
O kirchnerismo n�o tem candidato �s elei��es presidenciais de 2015. N�stor Kirchner morreu em 2010 e Cristina s� tem direito a dois mandatos consecutivos. Por isso, as elei��es legislativas s�o observadas, pelos analistas pol�ticos, como a oportunidade para construir alian�as pol�ticas e testar as possibilidades de eventuais candidatos � Presid�ncia da Rep�blica da Argentina.