A organiza��o encarregada de supervisionar a destrui��o do arsenal qu�mico da S�ria pediu nesta quarta-feira cessar-fogos tempor�rios nesse pa�s devastado por um conflito sangrento, para que seus inspetores possam realizar sua miss�o dentro do prazo previsto.
No terreno, dezenas de membros das for�as leais ao governo, al�m de rebeldes, foram mortos nesta quarta em violentos combates ao sul de Damasco, onde o Ex�rcito s�rio realizou uma ofensiva, segundo uma ONG.
"Violentos combates eram travados entre os combatentes das brigadas rebeldes e das for�as regulares apoiadas pelos integrantes do Ex�rcito de Defesa (mil�cia pr�-regime) e do Hezbollah liban�s, nas localidades de Husseiniyeh, Thiyabiyeh e Bouaydah, enquanto o Ex�rcito efetuava ataques a�reos", indicou o Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH).
A viol�ncia nessa regi�o deixou "pelo menos 22 mortos, em sua maioria combatentes de brigadas rebeldes, incluindo um comandante", indicou a ONG que apresentou informa��es a respeito de "dezenas de mortos e feridos em meio �s for�as regulares e do Hezbollah".
Antes, o OSDH havia anunciado uma vit�ria dos rebeldes, que ocuparam uma posi��o importante na fronteira com a Jord�nia, depois de um m�s de combates.
Em Haia, o diretor geral da Organiza��o para a Proibi��o de Armas Qu�micas, Ahmet Uzumcu, falou de um calend�rio "extremamente apertado" estabelecido para este processo de desmantelamento, que � realizado pela primeira vez em um pa�s em conflito.
"Acredito que a elimina��o das armas qu�micas interessa a todas as partes e acho que, se os cessar-fogos tempor�rios puderem ser estabelecidos, esses objetivos poder�o ser alcan�ados", declarou Uzumcu.
A OPAQ foi encarregada por uma resolu��o do Conselho de Seguran�a da ONU de desmantelar o arsenal qu�mico do poder s�rio e as instala��es ligadas a essas armas.
Para Uzumcu, a data limite de 1� de novembro para a destrui��o do arsenal qu�mico e de todas as instala��es de produ��o de armas qu�micas n�o � irrealista.
A resolu��o 2118 foi adotada com base em um acordo conclu�do entre R�ssia e Estados Unidos, ap�s um ataque qu�mico no dia 21 de agosto contra o sub�rbio de Damasco. A responsabilidade por esse ataque foi atribu�da pelas pot�ncias ocidentais ao regime do presidente s�rio, Bashar al-Assad, que culpou a rebeli�o.
Depois do in�cio da miss�o da OPAQ na S�ria, no dia 1� de outubro, Damasco recebeu elogios internacionais pela coopera��o.
"A coopera��o com a S�ria foi muito construtiva. As autoridades s�rias s�o cooperativas", confirmou o diretor geral da OPAQ.
Os inspetores da primeira equipe, composta por 19 especialistas da OPAQ e por 16 especialistas em log�stica e seguran�a da ONU, j� come�ou a destruir instala��es de produ��o de armas qu�micas. Imagens de seu trabalho foram divulgadas pela rede de televis�o oficial s�ria.
A equipe visitava um outro local nesta quarta. "H� 20 locais que devem ser visitados nas pr�ximas semanas", indicou Uzumcu, que lembrou que uma segunda equipe, composta de 12 especialistas, estava a caminho de Damasco.
