O diretor de Intelig�ncia Nacional, James Clapper, afirmou nesta ter�a-feira que as ag�ncias de espionagem dos EUA sempre tentam conhecer as inten��es dos l�deres estrangeiros.
Clapper disse que entender os objetivos dos chefes de Estado estrangeiros tem sido um "princ�pio b�sico" das ag�ncias americanas.
"Desde que eu estou no ramo da intelig�ncia, h� 50 anos, as inten��es dos l�deres - n�o importa a forma pela qual sejam expressas - s�o meio que o princ�pio b�sico do que coletamos e analisamos", disse Clapper em audi�ncia no Comit� de Intelig�ncia da C�mara de Representantes dos EUA.
"� inestim�vel para n�s saber de onde os pa�ses est�o vindo, quais s�o suas pol�ticas, como isso vai nos impactar em um amplo leque de quest�es", completou.
"Ent�o, n�o � apenas sobre os l�deres em si, � sobre o que aconteceu em torno deles e sobre as pol�ticas que eles conduzem em seus governos", justificou Clapper.
Segundo os �ltimos vazamentos do ex-analista de intelig�ncia Edward Snowden na imprensa a Ag�ncia de Seguran�a Nacional (NSA, na sigla em ingl�s) grampeou as comunica��es de v�rios l�deres estrangeiros, entre eles a chanceler alem�, Angela Merkel.
As revela��es criaram mal-estar na Alemanha e em outros pa�ses da Europa, sobretudo, ap�s a informa��o de que o presidente Barack Obama sabia, ou teria aprovado o grampo.
Na sess�o, Clapper foi questionado pelo presidente desse comit�, Mike Rogers, sobre o motivo pelo qual os servi�os americanos de espionagem rastreavam as inten��es dos l�deres estrangeiros. O congressista n�o se referiu, por�m, �s mat�rias sobre o grampo � chanceler.
Rogers afirmou que "a melhor maneira" para determinar os planos de um dirigente estrangeiro seria "de alguma forma tanto se aproximar desse l�der ou, de fato, pegar as comunica��es do l�der estrangeiro". E completou, dirigindo-se a Clapper": "isso estaria correto?".
Ao que o chefe da espionagem americana respondeu: "sim, estaria".
Quando foi interrogado sobre se os aliados dos EUA espionam o pa�s, Clapper respondeu que "certamente".
Na sess�o, o representante Adam Schiff afirmou que os servi�os de espionagem t�m a obriga��o de informar os comit�s de Intelig�ncia do Congresso sobre atividades "significativas" e insistiu em que isso se aplicaria � espionagem de autoridades estrangeiras.
Clapper discordou, alegando que as ag�ncias estavam agindo dentro da lei ao informar os congressistas sobre as prioridades da coleta de informa��o de intelig�ncia, sem especificar cada fonte, ou o "seletor" a ser rastreado.
Mais tarde, Rogers repreendeu Schiff duramente e garantiu que os membros do painel t�m acesso a uma ampla quantidade de informa��o da NSA.