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Estado de Minas

Nanossuperf�cie abre nova frente para bactericidas do futuro


postado em 26/11/2013 20:07

Imagine um quarto de hospital, a ma�aneta de uma porta ou a bancada de uma cozinha livres de bact�rias, embora n�o tenham sido usados ali uma gota de desinfetante, �gua fervente ou doses de micro-ondas para eliminar os germes.

Esta � a ideia por tr�s de uma descoberta surpreendente feita por cientistas australianos.

Em um estudo publicado esta ter�a-feira na revista Nature Communications, eles descreveram como uma lib�lula os levaram a desenvolver uma nanossuperf�cie que elimina as bact�rias fisicamente.

O matador de germes � o sil�cio negro, uma subst�ncia descoberta por acaso nos anos 1990 e que agora � vista como um promissor material semicondutor para pain�is solares.

Ao observ�-la em microsc�pio de el�trons, os cientistas descobriram que sua superf�cie � uma floresta de espinhos com apenas 500 nan�metros (500 bilion�simos de um metro) de altura, que rasgam as paredes da c�lula de qualquer bact�ria com que entre em contato.

Esta � a primeira vez que se descobre em uma superf�cie repelente � �gua a propriedade f�sica de bactericida.

No ano passado, a equipe de cientistas, chefiada por Elena Ivanova, da Universidade de Tecnologia Swinburne, em Melbourne, se assombrou ao descobrir que as asas das cigarras s�o matadoras em potencial da 'Pseudomonas aeruginsoa', uma bact�ria oportunista que infecta os humanos e que est� se tornando resistente aos antibi�ticos.

Olhando mais de perto, eles descobriram que a resposta n�o est� em nenhum elemento bioqu�mico da asa, mas em "nanopilares" com espa�amento regular, que fatiam as bact�rias em tiras quando elas se assentam sobre sua superf�cie.

Eles aprofundaram a descoberta, examinando as nanoestruturas que salpicam as transl�cidas asas traseiras de uma lib�lula australiana de corpo avermelhado, com nome cient�fico de 'Diplacodes bipunctata'.

Ela tem espinhos que s�o um pouco menores do que as do sil�cio negro, com 240 nan�metros de altura.

As asas da lib�lula e o sil�cio negro foram estudados em laborat�rio e ambos se mostraram excelentes bactericidas.

Suaves ao toque humano, as superf�cies destru�ram duas categorias de bact�rias denominadas Gram-negativa e Gram-positiva, assim como os esporos, c�psulas protetoras que abrigam alguns tipos de germes adormecidos.

Os tr�s micro-organismos usados no experimento foram a 'P. aeruginosa', o conhecido 'Staphylococcus aureus' e o esporo resistente 'Bacillus subtilis', um germe do solo que � primo do antraz.

A taxa de exterm�nio foi de 450.000 c�lulas de bact�ria por cent�metro quadrado por minuto nas primeiras tr�s horas de exposi��o.

Esta � 810 vezes a dose m�nima necess�ria para infectar uma pessoa com 'S. aureus', e 77.400 vezes no caso da 'P. aeruginosa'.

Embora o custo de fabrica��o do sil�cio negro ainda seja um obst�culo, existem muitas outras op��es para fabricar superf�cies matadoras de germes em nanoescala, afirmaram os cientistas.

"Nanomateriais antibacterianos sint�ticos que demonstram ter uma efic�cia similar podem ser prontamente manufaturados sobre grandes �reas", escreveram.


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