A Pol�cia sueca manifestou nesta ter�a-feira sua preocupa��o com o alarmante aumento no n�mero de casos de estupros coletivos entre os adolescentes, alguns deles filmados ou fotografados.
O an�ncio foi feito durante a abertura de um processo na capital do pa�s, Estocolmo.
Tr�s adolescentes s�o acusados de terem abusado de uma menina - que n�o teve sua idade revelada - num parque da cidade.
O n�mero de casos parecidos preocupa as autoridades policiais. "S�o jovens adolescentes, de 14, 15 anos. Num dos casos, a v�tima foi uma menina de 12 anos. Os crimes acontecem na frente dos amigos, que filmam ou fotografam" com seus telefones celulares, contou � AFP a inspetora de pol�cia Moni Winsens.
Segundo a policial, "a menina tenta dizer n�o, mas n�o consegue" e � chantageada pelos agressores que amea�am divulgar as imagens na internet.
Desde o in�cio do ano, Estocolmo contabilizou quase 1.600 casos de abuso sexual envolvendo menores de idade, contra 1.301 em 2012.
Os tribunais suecos julgaram 466 inqu�ritos com v�timas de 15 a 17 anos em 2012, quase o dobro do ano anterior.
A Su�cia registra uma das taxas mais elevadas de queixas por estupro da Europa e, segundo a pol�cia, as v�timas temem cada vez mais denunciar o crime.
Para Sanna Bergendahl, militante da associa��o Storasyster ("grande irm�"), que luta contra a viol�ncia sexual, o ato de pressionar as jovens mulheres para que mantenham rela��es sexuais em grupo "� muito comum" atualmente.
O caso divulgado nesta ter�a-feira ser� acompanhado de perto pelos movimentos feministas, que esperam que a justi�a sueca aplique severamente a defini��o ampliada de estupro que vigora no pa�s desde julho.
Segundo a lei sueca, antes, a v�tima deveria ser considerada "indefesa". Hoje, ela deve estar em "situa��o de vulnerabilidade particular".
No caso julgado em Estocolmo, a pessoa que apresentou a queixa disse n�o ter conseguido se defender, petrificada diante de rapazes que ela n�o conhecia.
Os movimentos feministas lutam para que o c�digo penal sueco passe a usar a no��o de consentimento do ato sexual, usada em pa�ses como B�lgica, Fran�a, Gr�-Bretanha e Noruega no julgamento de casos de estupro.