
O ex-presidente da �frica do Sul, Nelson Mandela, � um exemplo n�o s� de resist�ncia, mas de amor. A avalia��o foi feita � Ag�ncia Brasil pelo cientista pol�tico Paulo Ba�a, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
“Nelson Mandela, nas �pocas duras, dif�ceis e sombrias do apartheid, com a brutal discrimina��o e a viol�ncia contra os negros e os pobres na �frica do Sul, se tornou um s�mbolo e um intelectual da resist�ncia. Ele, preso, liderou a movimenta��o pol�tica das v�rias etnias da �frica do Sul contra o regime do apartheid e conseguiu, de dentro da cadeia, ser um chefe de estado e estabelecer conex�es com todo o mundo”, disse.
Segundo Ba�a, as conex�es feitas por Mandela levaram a Organiza��o das Na��es Unidas a impor san��es econ�micas � �frica do Sul e motivaram press�es para a independ�ncia do pa�s.
“Mandela foi um pacifista, ao mesmo tempo um lutador, na mesma linhagem de Gandhi, s� que de matriz africana. Mandela foi um grande s�bio. Ele soube trabalhar com a resist�ncia e, ao mesmo tempo, sabia negociar. Ele trabalhava com a ideia de solidariedade e de amor, como perspectiva de constru��o de uma na��o. E foi plenamente vitorioso, e seus inimigos plenamente derrotados”, disse Ba�a.
O cientista pol�tico destacou que, embora tenha derrotado os inimigos, Mandela os acolheu, numa demonstra��o da grandeza de seu car�ter. Por isso, deixou para a humanidade o legado de que a intoler�ncia pode ser combatida e a harmonia estabelecida em qualquer parte do mundo, “desde que haja generosidade, amor e firmeza de afeto, de acolhimento, sem submiss�o”, ressaltou o especialista.