(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas RETORNO AO LAR

Mandela descreveu Qunu como "o doce lar onde passei os dias mais felizes da minha inf�ncia"


postado em 07/12/2013 00:12 / atualizado em 07/12/2013 08:44

Qunu (�frica do Sul) – Em um dos rascunhos exclu�dos da vers�o final de seu livro de mem�rias, Longa caminhada at� a liberdade, Nelson Mandela descreveu Qunu como “o doce lar onde passei os dias mais felizes da minha inf�ncia”. A aldeia cravada entre colinas na prov�ncia de Cabo Oriental ser�, agora, a morada eterna do l�der que ajudou a transformar o mundo. O presidente sul-africano, Jacob Zuma, confirmou ontem que o sepultamento ser� realizado nesse vilarejo tribal, em 15 de dezembro, ap�s as v�rias cerim�nias a serem realizadas em dez dias de funeral. O enterro em Qunu atende aos desejos de Mandela, que quis retornar ao local onde cresceu. Seus restos mortais descansar�o ao lado dos de tr�s de seus filhos, sepultados no mesmo lugar.


Quando o pai de Mandela, Henry Gadla Mphakanyiswa, foi perseguido por magistrados brancos e destitu�do como chefe do vilarejo Mvezo, onde o l�der sul-africano nasceu, a fam�lia se refugiou ali perto, em Qunu, segundo as explica��es do Museu Nelson Mandela. Come�ava, nesse momento, a liga��o entre o l�der e o vilarejo. Ali, Rolihlahla Mandela ganhou o nome ingl�s Nelson no primeiro dia de escola, seguindo uma tradi��o local de colocar nomes crist�os nas crian�as.

Localizada pr�ximo � Costa Leste sul-africana, a regi�o onde est� Qunu � conhecida por sua beleza intocada, colinas cobertas por verdes pastagens e praias desertas. Mas � tamb�m uma das mais pobres do pa�s. A conex�o com o her�i da luta contra o apartheid transformou a aldeia em um destino tur�stico, atraindo pessoas do mundo todo. Em meio � notoriedade, seu maior benfeitor patrocinou a chegada de luz el�trica, estradas asfaltadas e casas de alvenaria com �gua encanada. O local abriga um dos tr�s museus dedicados ao l�der. As visitas dever�o aumentar substancialmente, agora que o corpo de Madiba – seu nome tribal – ser� levado para o modesto vilarejo.

DIAS FELIZES

Os dias do jovem Nelson Mandela em Qunu foram marcados por brincadeiras, como lutas, pesca e deslizamento nas encostas com os amigos. A vida em Qunu era simples. A cama era um tapete no ch�o de uma das tr�s cabanas redondas de palha e barro herdada da m�e. Suas refei��es eram cozidas sobre fogueiras a c�u aberto, com alimentos colhidos da horta da fam�lia. “Foi nos campos que eu aprendi a abater as aves do c�u com um estilingue, coletar mel e frutas silvestres e ra�zes comest�veis, beber leite quente tirado na hora, direto de uma vaca, a nadar nas correntes frias e claras e a capturar peixes com barbantes e peda�os de fio”, escreveu em sua biografia.

Em sua primeira visita a Qunu como homem livre, em 1990, depois de passar 27 anos de pris�o, Mandela chocou-se ao encontrar o vilarejo incrivelmente pobre. L�, ele construiu uma pequena casa, onde passou boa parte de seus �ltimos anos de sua vida, at� seus problemas de sa�de o impedirem de voltar. No local, Mandela encontrou paz e inspira��o para escrever seu livro de mem�rias. “Quando muito pequeno, passei a maior parte do meu tempo livre nas estepes jogando ou lutando com os outros meninos da vila”, anotou em Longa caminhada. “Um menino que permaneceu em casa amarrado � barra da saia da m�e e foi considerado um maricas.”


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)