O diretor da Organiza��o para a Proibi��o de Armas Qu�micas disse esperar nesta ter�a-feira, � margem da cerim�nia de entrega do Pr�mio Nobel da Paz a sua organiza��o, que as opera��es de destrui��o do arsenal qu�mico s�rio comece em janeiro.
A OPAQ recebeu oficialmente o Pr�mio Nobel por seus esfor�os para eliminar as armas de destrui��o em massa de todo o planeta.
"N�s esperamos que at� o final de janeiro a destrui��o tenha come�ado no navio americano", especialmente preparado para esta miss�o, declarou Ahmet Uzumcu em uma entrevista � AFP em Oslo.
Segundo os planos da OPAQ, os agentes qu�micos mais perigosos do arsenal s�rio dever�o ser transportados para fora do pa�s antes do dia 31 de dezembro para serem neutralizados por hidr�lise a bordo de uma embarca��o da Marinha americana.
Devido a inseguran�a que complica o transporte dessas armas para o porto de Latakia, este prazo poder� ser ligeiramente ultrapassado sem que o prazo para a conclus�o da destrui��o do arsenal qu�mico s�rio seja prejudicado, assegurou Uzumcu.
"Muita coisa vai depender da situa��o da seguran�a no terreno e, infelizmente, a situa��o de seguran�a se deteriorou nas �ltimas semanas", disse ele.
"Esperamos que a situa��o nos permita concluir a transfer�ncia a tempo. Pode haver alguns atrasos, mas estes atrasos n�o me preocupam. O que � importante para mim � que a opera��o ocorra da forma mais segura poss�vel", acrescentou.
No total, 1.290 toneladas de armas qu�micas, precursores, ou ingredientes devem ser destru�dos at� o final de junho.
Uzumcu tamb�m espera que a destrui��o de outros agentes qu�micos de Classe 2, menos perigosos, comece "em fevereiro", sob a gest�o de empresas comerciais privadas.
Quarenta e duas empresas manifestaram interesse em participar, de acordo com o diretor da OPAQ.
Art�fice da Conven��o sobre a Proibi��o de Armas Qu�micas (CPAQ) de 1993, a OPAQ foi agraciada com o Nobel da Paz em 11 de outubro por seus esfor�os para destruir essas armas de destrui��o em massa.
Raro sucesso de desarmamento global, ela conta atualmente com 190 estados-membros, incluindo a S�ria, que aderiu ao tratado em outubro, e supervisionou a destrui��o de mais de 80% das armas qu�micas declaradas no mundo.
Apenas seis estados - Israel, Coreia do Norte, Egito, Sud�o do Sul, Mianmar e Angola - ainda n�o assinaram ou ratificaram a proibi��o.
"N�s sabemos que alguns deles est�o perto de uma ades�o", indicou Uzumcu na segunda-feira. Quanto aos outros, "eu sinceramente espero que eles reconsiderem e fa�am parte da conven��o sobre as armas qu�micas", disse ele.
Os dois principais detentores de armas qu�micas, os Estados Unidos e a R�ssia, ainda n�o destru�ram por completo seus estoques, descumprindo o prazo de abril de 2012, mas est�o no caminho certo para faz�-lo, de acordo com Uzumcu.
Durante a entrega do pr�mio, o presidente do comit� Nobel noruegu�s, Thorbjoern Jagland, afirmou que "com a escolha deste laureado, n�s encorajamos os Estados que ainda n�o aderiram � conven��o a fazerem isso".
Consistindo de uma medalha de ouro e um diploma, o Pr�mio Nobel da Paz � acompanhado por um cheque de 8 milh�es de coroas suecas (cerca de 900.000 euros).
A OPAQ usar� esse dinheiro para criar a sua pr�pria recompensa, anunciou Uzumcu.
"Claro, n�o vamos competir com o Pr�mio Nobel da paz", indicou. "Vai ser uma premia��o modesta, simplesmente para recompensar aqueles que contribu�ram para os nossos objetivos".
Os Pr�mios Nobel de literatura, qu�mica, f�sica, medicina e economia tamb�m ser�o entregues nesta ter�a-feira em Estocolmo.
