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Estado de Minas

Multid�o for�a barreiras para dar o �ltima adeus a Mandela


postado em 13/12/2013 15:07

O n�mero de sul-africanos que quiseram dar seu �ltimo adeus a Nelson Mandela bateu todos os recordes nesta sexta-feira, com centenas de pessoas for�ando as barreiras policiais no �ltimo dia de sua capela em Pret�ria.

Esta sexta-feira era a �ltima oportunidade para que as pessoas vissem os restos mortais do ex-presidente, antes que sejam transferidos � localidade na qual Mandela passou sua inf�ncia e onde ser� enterrado no domingo, Qunu.

Cerca de 100 mil sul-africanos passaram pelo caix�o de Nelson Mandela exposto desde quarta-feira na sede da presid�ncia, segundo o governo.

Os milhares de sul-africanos enfrentaram horas, ou inclusive dias, em gigantes filas de espera.

Para muitos, a espera foi em v�o e, no in�cio da tarde, uma multid�o for�ou o acesso quando a pol�cia anunciou que n�o poderiam entrar na sala em que se encontra o caix�o do primeiro presidente negro da �frica do Sul.

O grupo correu em dire��o ao anfiteatro do Union Buildings, a sede do Governo sul-africano, onde o corpo de Mandela era velado.

Os agentes tentaram deter um grupo que tentava entrar em um primeiro momento, pedindo que permanecessem na fila, mas acabaram cedende.

Este incidente foi isolado. A maioria das pessoas deixaram o local, apesar da frustra��o.

"Acredit�vamos que conseguir�amos, mas n�o conseguimos ver o grande homem", lamentou Lydia More, de 31 anos, ap�s dois dias de espera. "Sinto-me vazia. � triste".

No meio da manh�, 50.000 pessoas j� haviam lotado as quatro zonas de espera, formando filas impressionantes de v�rios quil�metros. �s 10h30 (06h30 de Bras�lia), o governo pediu "� popula��o que n�o venha mais".

Mas muitos que passaram a noite no local n�o se conformaram em partir. "� uma ocasi�o �nica. N�o voltaremos a nos ver nunca mais", explicou Stanley Luvhimbe, que dirigiu 450 quil�metros para ver seu her�i.

No in�cio da tarde, a pol�cia come�ou a disperar a multid�o. "Union Buildings est� completamente lotado", dizia um policial. "N�s fecharemos o local".

"� decepcionante", suspirava Denver Hitzaroth, que chegou �s 07H30. Mas para Mandela "sete horas de espera, n�o � nada!"

"Ele fez tantos sacrif�cios por n�s, que o m�nimo seria esperar algumas horas!", completava Nomazize Tenza, que deixou Soweto --a 80 km de dist�ncia-- �s cinco da manh�.

O Nobel da Paz faleceu em 5 de dezembro aos 95 anos. Ap�s o choque dos primeiros dias e das cerim�nias oficiais no in�cio da semana, as homenagens ganharam um tom mais triste desde a exposi��o do corpo ao p�blico.

"Foi extraordin�rio estar aqui. Mas tenho o cora��o partido", declarou ao sair do Union Buildings Paulus Mefadi, um soldado de 44 anos que marchou perante Nelson Mandela quando o l�der sul-africano prestou juramento como presidente, em 1994.

O Dalai Lama tamb�m expressou sua "tristeza" durante uma teleconfer�ncia organizada pela funda��o Mandela. "Mas esta tristeza n�o serve para nada. Ela deve ser transformada em vontade, em determina��o" para fazer viver a mensagem de paz transmitida por este gigante da reconcilia��o, afirmou.

Apesar dos 27 anos de c�rcere pelo regime racista do apartheid, Nelson Mandela perdoou seus inimigos e multiplicou os gestos em sua dire��o, o que lhe rendeu admira��o universal.

"Comunicar com os ancestrais"

Na manh� de domingo, o pa�s vai parar nas cerim�nias do enterro de Mandela em Qunu (sul), o povoado de sua inf�ncia, primeiro na presen�a de personalidades e depois na mais estrita intimidade.

Diversas redes de lojas j� anunciaram que permanecer�o fechadas.

A primeira parte da cerim�nia ser� realizada ante 5.000 pessoas, entre elas presidentes estrangeiros, e ser� transmitida pela televis�o.

Posteriormente, ser� realizado o enterro, que estar� "reservado rigidamente � fam�lia", explicou Phumla Williams, uma porta-voz do governo.

"A fam�lia deseja que o enterro seja um assunto familiar, n�o quer que seja televisionado, n�o quer que as pessoas vejam o enterro", que contar� com a presen�a da fam�lia e de poucas personalidades.

Os rituais tradicionais da etnia Xhosa, incluindo o sacrif�cio de um boi, protagonizar�o o enterro de Mandela, no qual estar�o ao redor do t�mulo os anci�es do cl� Thembu, ao qual pertence o primeiro presidente negro da �frica do Sul.

"Um funeral � uma cerim�nia complicada que envolve se comunicar com os ancestrais e permitir que o esp�rito da pessoa que se foi descanse", declarou o chefe Jonginyaniso Mtirara, do cl� Thembu.

H� uma semana, muitas pessoas trabalham neste pequeno povoado para garantir o bom desenvolvimento da cerim�nia na propriedade de Nelson Mandela, que mandou construir uma casa em Qunu quando foi libertado, em 1990, ap�s 27 anos nas pris�es do regime racista.

O corpo de Mandela ser� levados de avi�o no s�bado de Pret�ria � prov�ncia de Cabo Oriental. Se o tempo permitir, a aeronave aterrissar� no pequeno aeroporto de Mthatha e ser� realizada uma prociss�o at� Qunu.


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