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Estado de Minas

Vel�rio de Mandela chega ao fim na sede do governo


postado em 13/12/2013 20:50

O terceiro dia do vel�rio de Nelson Mandela no Union Buildings, que come�ou com muita gente chegando bem cedo na fila para n�o perder a oportunidade de se despedir do �cone da luta contra o apartheid, terminou com uma multid�o esperando o caix�o deixar o pal�cio do governo sul-africano. Algumas centenas de pessoas que esperavam o cortejo f�nebre sair por um dos port�es do pal�cio correram em dire��o � uma rua paralela, quando ouviram o barulho de sirenes dos carros de pol�cia e perceberam que haviam sido dribladas pela seguran�a. A estimativa das autoridades locais, no in�cio do dia, era que aproximadamente 20 mil pessoas passassem hoje pelo altar onde estava o corpo de Mandela, mas a impress�o era que havia mais gente. As filas continuaram quilom�tricas at� o final e todos queriam passar ao lado do corpo do ganhador do pr�mio Nobel da Paz de 1993 e s�mbolo da liberdade do pa�s. Ningu�m podia tirar fotos no local, nem os fot�grafos credenciados para cobrir o evento. A �ltima imagem de Mandela, pelo menos at� o momento, est� guardada na mem�ria das dezenas de milhares de pessoas que superaram o cansa�o, o calor e a sede, em alguns casos, para prestar homenagem � contribui��o de Mandela para a �frica do Sul e para o mundo. Coberto por uma tampa de vidro da cintura para cima, o corpo do mais conhecido sul-africano, com seu cabelo branco e apar�ncia serena, est� com uma camisa estampada no qual se destaca um verde brilhante, bem ao estilo alegre que costumava se vestir em vida. Por um momento, no meio do dia, a pol�cia teve de conter um grupo que tentou for�ar a passagem por um dos port�es do pal�cio. Apesar da cena, o que mais se viu no �ltimo dia de vel�rio foi muita emo��o. Alguns n�o aguentaram a sensa��o de perder aquele que � considerado o pai da na��o e sa�ram aos prantos, precisando ser amparados por militares. A brasileira Isabel Kelmer, que j� tinha comprado sua passagem para passear na �frica do Sul com a filha e a neta antes da morte de Mandela, disse que se sente privilegiada por estar vivendo esse momento hist�rico. Ela foi uma das que n�o conteve a emo��o. "Quando vi o caix�o, fiquei emocionada e comecei a chorar, um choro de como��o. Os policiais come�aram a me dar len�os. Foi muito bonito, ele foi um grande homem", disse, se referindo a v�rios militares que seguravam caixas de len�os depois que as pessoas passavam pelo caix�o, para os mais emocionados enxugarem as l�grimas. Quando a visita��o p�blica foi encerrada e o comboio levando o corpo passou, a descontra��o tomou conta do local para continuar as homenagens a Mandela. Um sul-africano aproveitou o dom art�stico e fez uma c�mera cinematogr�fica com peda�os de lata, que nunca perdia o foco em Mandela. No lugar da lente, a foto do l�der foi colocada. Outras pessoas tocavam viol�o, cantavam e dan�avam. At� um policial, que fazia a guarda no port�o do Union Buildings, entrou no ritmo. O porta-voz da fam�lia de Mandela, Themba Matanzima, disse hoje que Madiba, como era chamado carinhosamente, certamente est� em paz por ter recebido o adeus dos sul-africanos que tanto amou, se sacrificou e por quem estava preparado para dedicar sua vida. No s�bado, o corpo ser� transportado para Qunu, vilarejo onde Mandela nasceu, cresceu e vive seu cl�. O enterro ocorrer� no domingo, em uma cerim�nia restrita a parentes e amigos pr�ximos.


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