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Estado de Minas

Civis come�am a ser retirados de cidade s�ria ap�s 600 dias de cerco


postado em 07/02/2014 18:10

Dezenas de civis que ficaram bloqueados por mais de 600 dias em condi��es desumanas na cidade de Homs, foram retirados nesta sexta-feira depois de uma tr�gua entre o Ex�rcito e os rebeldes em uma das principais frentes do conflito s�rio.

As crian�as, os maiores de 55 anos e as mulheres de Homs come�aram a deixar nesta sexta-feira esta cidade sitiada h� 600 dias pelas tropas do regime s�rio.

Enquanto isso, o governo confirmou sua participa��o nas pr�ximas negocia��es com a oposi��o em Genebra.

Os civis fazem parte das cerca de 3.000 pessoas bloqueadas desde junho de 2012 nos bairros da cidade antiga mantidos em poder dos rebeldes e cercados pelas tropas do regime de Bashar al-Assad.

De acordo com o coordenador da ONU na S�ria, Yaacub El Hillo, citado no final da tarde pela televis�o p�blica s�ria, mais de 80 mulheres, crian�as e idosos foram retirados da cidade velha.

Antes de entrar nos �nibus para um destino n�o informado, os civis retirados receberam cuidados m�dicos e alimentos, segundo a imprensa oficial.

O acordo tamb�m prev� a chegada de ajuda humanit�ria para os que quiserem permanecer nos bairros sitiados, dominados pelos rebeldes. A ajuda, que consiste em primeiros socorros e alimentos, come�ar� a ser distribu�da no s�bado, segundo o governador de Homs, Talal Barazi.

Essa opera��o de retirada, a primeira do tipo desde junho de 2012, foi poss�vel gra�as a um acordo envolvendo os dois lados em conflito em negocia��es mediadas pela ONU. Segundo os militantes contr�rios ao regime, esse acordo prev� um cessar-fogo de quatro dias.

Em raz�o do cerco, a situa��o humanit�ria � desesperadora nos bairros rebeldes, onde os moradores sofrem com a escassez de produtos b�sicos e s�o bombardeados quase que diariamente.

'� o fim do pesadelo?'

Funcion�rios do Programa Alimentar Mundial (PAM) e um ve�culo do Alto Commissariado para os Refugiados da ONU (Acnur) estavam no local.

"As pessoas que partem t�m sentimentos divididos. Com certeza, elas est�o felizes, porque depois de mais de 600 dias de cerco, o pesadelo acabou", afirmo � AFP via internet Yazan, um militante contr�rio ao regime da cidade velha.

Mas, ao mesmo tempo, "elas t�m medo do futuro, t�m medo que o regime as detenha. Ningu�m confia no regime", afirmou.

A comunidade internacional denunciou em v�rias ocasi�es a situa��o humanit�ria desesperadora dos treze bairros rebeldes da cidade antiga de Homs.

Debate centrado no terrorismo

O acordo � um primeiro gesto humanit�rio do regime desde a primeira rodada de negocia��es em Genebra entre o governo e a oposi��o sob a supervis�o das Na��es Unidas, no fim de janeiro.

Durante essas negocia��es, o mediador internacional Lakhdar Brahimi anunciou ter obtido do regime a promessa de deixar os civis sitiados sa�rem.

O regime confirmou sua participa��o na segunda rodada, prevista para a pr�xima segunda-feira.

As negocia��es s�o realizadas sob press�o da R�ssia, aliada do regime s�rio, e dos Estados Unidos, que apoiam a oposi��o, com a esperan�a de chegar a uma solu��o pac�fica a um conflito que em quase tr�s anos deixou mais de 136.000 mortos.

"Foi decidido que a delega��o da Rep�blica S�ria participar� da segunda rodada de negocia��es de Genebra", declarou o vice-ministro das Rela��es Exteriores, Faisal Muqdad, um dos integrantes da delega��o do regime na primeira rodada.

O regime de Damasco, que classifica os rebeldes de terroristas, quer centrar o debate no terrorismo. A oposi��o, por sua vez, quer foc�-las em uma transi��o pol�tica que afastaria Assad.

A oposi��o j� havia confirmado anteriormente sua presen�a na pr�xima rodada.

Os rebeldes lan�aram na quinta-feira um ataque contra a pris�o central de Aleppo (norte), controlando uma grande parte do estabelecimento. As for�as governamentais retomaram o controle nesta sexta ap�s intensos combates, indicou uma ONG.

O destino dos prisioneiros era uma inc�gnita. O Observat�rio S�rio de Direitos Humanos (OSDH) havia informado que centenas de detidos foram libertados, mas, com a recupera��o da pris�o pelo regime, n�o era poss�vel confirmar a fuga dos prisioneiros.

Em Aleppo, o regime mantinha seus ataques com barris de explosivos, que mataram mais de 260 pessoas em cinco dias e continuavam deixando v�timas.

O secret�rio-geral das Na��es Unidas, Ban Ki-moon, condenou na quinta-feira estes ataques, que t�m "um efeito devastador em zonas habitadas" e s�o contr�rios �s leis humanit�rias internacionais.


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