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Estado de Minas

Diante de banho de sangue na Ucr�nia, Yanukovytch aceita antecipar elei��es


postado em 20/02/2014 23:16

Dezenas de manifestantes morreram nesta quinta-feira em Kiev, durante violentos confrontos que obrigaram o presidente ucraniano, Viktor Yanukovytch, a aceitar a proposta internacional que prev� elei��es antecipadas no pa�s.

Esta concess�o foi a �nica arrancada pelos tr�s ministros europeus que realizam uma media��o entre o governo ucraniano e a oposi��o: o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, e seus colegas alem�o, Frank-Walter Steinmeier, e polon�s, Radoslaw Sikorski.

A press�o aumentou quando Alemanha, Estados Unidos e R�ssia se pronunciaram por "uma solu��o pol�tica" para a crise, que est� criando uma tens�o digna da Guerra Fria entre Moscou e os governos ocidentais.

"� preciso cessar o banho de sangue", assinalou um comunicado difundido por Berlim.

A viol�ncia tomou conta da Ucr�nia nesta quinta-feira, com pelo menos 100 mortos em Kiev, segundo a oposi��o.

O minist�rio da Sa�de comunicou 75 �bitos desde ter�a, elevando um registro anterior de 67 v�timas.

O minist�rio do Interior informou a morte de tr�s policiais nesta quinta, que se somam aos dez agentes mortos nos dois dias anteriores. Em Lviv (oeste), os corpos de dois policiais foram encontrados numa base policial queimada, anunciaram as autoridades locais.

Armados com bast�es, escudos com pregos, pedras e coquet�is molotov, centenas de manifestantes radicais enfrentaram a Pol�cia de Choque Berkut, que revidou com balas de borracha e bombas de g�s lacrimog�neo. Mas, segundo testemunhas, atiradores estavam posicionados nos altos dos pr�dios com fuzis.

O minist�rio do Interior reconheceu, posteriormente, que agentes dispararam com muni��o convencional, alegando que estavam protegendo suas vidas.

Os disparos procederam tanto de policiais no solo quanto de agentes posicionados em pr�dios.

Imagens exibidas por uma rede de televis�o ucraniana mostram homens armados com fuzis, aparentemente integrantes das for�as de seguran�a. Um deles abre fogo contra um alvo n�o identificado, no centro de Kiev.

"Os manifestantes foram mortos de maneira muito profissional por atiradores emboscados que atingiam as v�timas no cora��o, na cabe�a ou na car�tida", afirmou a m�dica Olga Bogomolets, entrevistada pela rede Kanal 5.

Ap�s uma tr�gua nos confrontos, manifestantes refor�aram as barricadas no centro da cidade com tapumes e pneus, e garrafas vazias foram levadas para serem transformadas em coquet�is molotov.

- "Cen�rio real" -

"O pior cen�rio que pod�amos prever, o de uma guerra civil, infelizmente � muito real", declarou o primeiro-ministro polon�s, Donald Tusk.

"Foi decidido com Yanukovytch a realiza��o de elei��es presidenciais e parlamentares este ano e a forma��o de um governo de uni�o nacional nos pr�ximos dez dias para mudar a constitui��o at� o ver�o" (hemisf�rio norte), acrescentou Tusk, sem esconder seu ceticismo.

"Mas a experi�ncia nos mostrou que os compromissos assumidos pela administra��o ucraniana raramente s�o respeitados", ressaltou.

Enquanto isso, outros ministros das Rela��es Exteriores da Uni�o Europeia, reunidos em Bruxelas, aumentaram a press�o, decidindo cancelar os vistos e de congelar os bens de autoridades ucranianas.

Depois que a crise na Ucr�nia atingiu o auge, a chanceler alem�, Angela Merkel, o presidente americano, Barack Obama, e o presidente russo, Vladimir Putin, conversaram por telefone para discutir uma solu��o que acabe com o derramamento de sangue. Os tr�s "concordaram que � preciso encontrar uma solu��o pol�tica para a crise na Ucr�nia o mais r�pido poss�vel", indicou o governo alem�o.

A Casa Branca se disse "escandalizada" com os ataques a tiros das for�as de seguran�a contra os manifestantes na Ucr�nia, e novamente exortou o presidente Viktor Yanukovytch a retirar os policiais do centro da capital.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, advertiu Yanukovytch que Washington adotar� san��es se funcion�rios do governo ucraniano ordenarem disparos contra os manifestantes opositores.

Biden falou com o l�der ucraniano por telefone e "deixou claro que os Estados Unidos est�o preparados para aplicar san��es contra os funcion�rios respons�veis pela viol�ncia".

Enquanto especialistas consideram que a R�ssia � fundamental para que a crise seja solucionada, Moscou tem mantido uma posi��o muito firme. O chefe de governo, Dmitri Medvedev, explicou que seu pa�s vai cooperar apenas com um poder que n�o aceita ser "pisado".

O Kremlin indicou durante a tarde que vai enviar seu representante, o delegado de direitos humanos Vladimir Lukin, a pedido da Presid�ncia ucraniana, para participar de uma media��o com os opositores.

Mais cedo, a sede do governo, pr�xima � Pra�a da Independ�ncia, foi totalmente esvaziada. O prefeito de Kiev anunciou sua sa�da do partido do governo para protestar contra o "banho de sangue". Doze deputados da legenda de Yanukovytch tamb�m anunciaram que estavam se desligando do Partido das Regi�es, em protesto contra a viol�ncia.

O Parlamento, que pela primeira vez conseguiu formar uma maioria anti-Yanukovytch, votou durante a noite uma resolu��o contra as medidas de combate ao terrorismo anunciadas na v�spera pelos servi�os especiais e ordenando o retorno dos soldados �s suas bases.

"O afastamento imediato de Yanukovytch e os processos contra ele por assassinatos em massa de civis devem ser a �nica exig�ncia do povo, da oposi��o e da comunidade internacional", declarou o opositora presa Yulia Timochenko em declara��o divulgada no site do seu partido.

A onda de contesta��o no pa�s come�ou em novembro de 2013 ap�s a desist�ncia do presidente ucraniano em assinar um acordo com a Uni�o Europeia, optando por se reaproximar de Moscou.


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