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Estado de Minas

ETA come�a a depor armas, um novo passo para o seu desaparecimento


postado em 21/02/2014 14:07

O ETA come�ou a depor suas armas, anunciou nesta sexta-feira um grupo de especialistas estrangeiros em visita ao Pa�s Basco, um grande passo para o desaparecimento deste grupo separatista basco ap�s o abandono da viol�ncia em 2011.

A Comiss�o Internacional de Verifica��o do acordo de cessar-fogo, criada em 2011 e que n�o � reconhecida por Madri, constatou em janeiro que o ETA "lacrou e tornou inoperante uma certa quantidade de armas, muni��es e explosivos", anunciaram esses especialistas em Bilbao, no norte da Espanha.

Paralelamente, um v�deo publicado por v�rios meios de comunica��o mostra dois militantes do ETA, encapuzados, mostrando aos especialistas armas sobre uma mesa.

As imagens, registradas em janeiro de 2014, mostram um pequeno estoque incluindo um fuzil, uma pistola e dois rev�lveres, al�m de 300 cartuchos e 17 quilos de explosivos, segundo o invent�rio publicado pela comiss�o.

Em abril de 2013, segundo o presidente da comiss�o Ram Manikkalingam, "o ETA pediu confidencialmente que fosse inclu�do no seu mandato um processo unilateral de selamento e inopera��o de armas, muni��es e explosivos.

A inutiliza��o de um primeiro estoque de armas � "um passo cred�vel e significativo", considera a comiss�o. "Acreditamos que isso vai levar � aposentadoria do uso de todas as armas, muni��es e explosivos do ETA", acrescentou.

Uma primeira etapa

O governo basco reconheceu imediatamente "o passo dado pelo ETA", mas afirmou que o grupo deve ir mais longe.

"� um pequeno passo, insuficiente, mas marca uma primeira etapa necess�ria para o desarmamento completo", declarou o presidente da regi�o, I�igo Urkullu, um nacionalista conservador do PNV.

O ETA, que teria pouco mais de trinta ativistas em liberdade, havia se recusado at� agora considerar o desarmamento enquanto n�o fossem atendidas algumas de suas reivindica��es, incluindo o retorno ao Pa�s Basco de seus ativistas presos.

Por sua vez, o governo de direita espanhol continua a exigir a dissolu��o incondicional do grupo.

Quinta-feira, em Paris, o ministro espanhol do Interior, Jorge Fernandez Diaz, falou de "fatos perfeitamente verific�veis pelas for�as de seguran�a".

Por tr�s de uma aparente bloqueio, as linhas mudaram nos �ltimos anos no Pa�s Basco: os partidos independentistas de esquerda ganharam influ�ncia desde 2012, tornando-se a segunda for�a pol�tica regional.

O ETA, muito enfraquecido, multiplicou os sinais desde o seu �ltimo ataque na Espanha, em agosto de 2009.

Uma nova mensagem foi publicada em 28 de dezembro pelo coletivo EPPK, que representa os mais de 500 membros do grupo dispersados em pris�es espanholas e francesas.

Muito esperado, o texto reiterou o abandono da viol�ncia e evocou, pela primeira vez, poss�veis medidas individuais de liberta��o, sem mencionar a aplica��o de uma anistia coletiva, hist�rica reivindica��o do ETA.

Este an�ncio foi interpretado como um abrandamento da posi��o do grupo, na lista de organiza��es terroristas da Uni�o Europeia e dos Estados Unidos e acusado da morte de 829 pessoas em mais de 40 anos em ataques pela independ�ncia do Pa�s Basco e Navarra.

Outros sinais vieram da sociedade basca, como uma manifesta��o no dia 11 de janeiro, que reuniu mais de 100.000 pessoas em Bilbao, convocada pela esquerda independentista e o PNV (Partido Nacionalista), em resposta � proibi��o pelos tribunais espanh�is de uma outra manifesta��o em defesa dos prisioneiros.

Em 7 de fevereiro, em um novo comunicado, o ETA reconheceu seus "avan�os", anunciando que em breve faria um gesto "significativo".

Fundada em setembro de 2011, pouco antes do an�ncio hist�rico do abandono da viol�ncia, a comiss�o de verifica��o � formada por especialistas em conflito, como o ex-ministro sul-africano de intelig�ncia Ronnie Kasrils e Chris Maccabe, que participou do processo de paz na Irlanda do Norte.

No in�cio de 2013, contatos estabelecidos na Noruega com membros do ETA se esgotaram em um contexto de bloqueio total.

Mas, depois de uma pausa de v�rios meses, a comiss�o retomou os contatos, provavelmente fora de Espanha, com o grupo na clandestinidade, o que levou a esta visita.


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