As buscas para localizar o Boeing 777 da Malaysia Airlines, desaparecido na madrugada do �ltimo s�bado com 239 pessoas a bordo, foram estendidas, ap�s tr�s dias de opera��es que n�o deram resultados.
"A �rea de busca foi ampliada no Mar da China Meridional, de 50 milhas n�uticas (90 km) para 100 milhas de raio, em torno do local onde o controle de tr�fego a�reo perdeu o contato com a aeronave, entre o leste da Mal�sia e o sul do Vietn�, indicou o chefe da Avia��o Civil da Mal�sia, Azharuddin Abdul Rahma.
Ele confirmou que as opera��es j� haviam sido estendidas no dia anterior na costa oeste da Mal�sia e por terra, enquanto que o Ex�rcito malaio evocou uma "real possibilidade" de que o voo MH370, que fazia o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim, mudou de itiner�rio.
A expans�o significativa da �rea de busca reflete a perplexidade das autoridades ap�s o misterioso desaparecimento da aeronave dos radares cerca de uma hora ap�s a decolagem.
Tamb�m ocorre ap�s o an�ncio de que a amostra procedente de uma mancha de petr�leo encontrada em frente � costa da Mal�sia n�o pertence ao Boeing 777.
"Este combust�vel n�o � utilizado nos avi�es", e sim nos barcos, declarou a porta-voz da pol�cia mar�tima da Mal�sia, Faridah Shuib.
A mancha foi vista a 185 km da costa oriental da Mal�sia, n�o muito distante do local onde os controladores de tr�fego a�reo perderam o contato com a aeronave.
Uma s�rie de an�ncios contradit�rios sobre poss�veis destro�os avistados nesta regi�o provocaram mais desespero entre os parentes dos passageiros.
A Mal�sia chegou a anunciar o envio de v�rios barcos para investigar um objeto flutuante que poderia ser um bote salva-vidas. Mas um navio vietnamita encontrou apenas uma "cobertura mofada para bobina de cabos", segundo o chefe do Estado-Maior do Ex�rcito vietnamita Vo Vo Tuan � AFP.
A avia��o vietnamita avistou no domingo � noite, a 80 km da ilha Tho Chu, sul do pa�s, dois objetos que poderiam pertencer ao voo MH370, que viajava com 227 passageiros a bordo de 14 nacionalidades diferentes, incluindo 153 chineses, e 12 tripulantes.
Na China, onde os familiares dos desaparecidos esperam por not�cias, a imprensa criticou duramente as autoridades da Mal�sia e da companhia a�rea, acusadas de "rea��o tardia". Tamb�m lamentaram as "car�ncias" nos dispositivos de seguran�a.
Enquanto o porta-voz do minist�rio chin�s das Rela��es Exteriores, Quin Gang, exigiu uma intensifica��o das buscas. "A Mal�sia atribui grande import�ncia a este acidente (e mostra) uma atitude sincera", mas "deve intensificar os seus esfor�os", disse.
- Um mist�rio desconcertante -
Nas buscas, iniciadas na costa leste da Mal�sia, participam 40 navios e 22 aeronaves de v�rios pa�ses, principalmente da China, Estados Unidos, Vietn�, Mal�sia, Filipinas e Cingapura.
Enquanto o governo da Mal�sia abriu no domingo uma investiga��o por terrorismo pelo desaparecimento do avi�o, no qual dois passageiros viajavam com passaportes roubados (um italiano e outro austr�aco), Azharuddin Abdul Rahman tinha poucas respostas �s muitas quest�es.
Questionado sobre a possibilidade de uma mudan�a de trajeto ou desintegra��o da aeronave em pleno voo, ele observou que nada poderia ser exclu�do.
"Estamos estudando todos os aspectos poss�veis do que poderia ter acontecido", declarou. "Este desaparecimento � desconcertante e estamos aumentando nossos esfor�os", acrescentou.
Sobre as duas pessoas que embarcaram com os passaportes roubados, as autoridades malaias, que anunciaram que identificaram um deles sem fornecer mais detalhes, negaram informa��es anteriores, segundo as quais os dois homens "teriam tra�os asi�ticos".
Se a trag�dia do voo MH370 for confirmada, esta ser� uma das piores cat�strofes a�reas da hist�ria da China.
"As autoridades malaias n�o podem fugir de suas responsabilidades", afirma o jornal Global Times, conhecido pelo nacionalismo.
"A resposta inicial da Mal�sia n�o foi suficientemente r�pida. Foram registradas car�ncias por parte da Malaysia Airlines e das autoridades de seguran�a", completa.
"Se (o desaparecimento) foi provocado por um problema mec�nico ou por um erro do piloto, a responsabilidade � da Malaysia Airlines. Se foi um atentado, os controles de seguran�a do aeroporto de Kuala Lumpur devem ser punidos", afirma o Global Times.
Para o jornal oficial China Daily, "n�o � poss�vel descartar a hip�tese terrorista". Ao mesmo tempo, lamentou que as autoridades malaias e internacionais n�o tenham informado ainda a identidade dos passageiros com passaportes falsos.
Abdul Rahman confirmou que tem informa��es de que cinco passageiros despacharam a bagagem, mas n�o embarcaram na aeronave.
Mas a companhia a�rea informou que, quando as aus�ncias foram registradas, as bagagens foram isoladas, de acordo com o procedimento habitual.