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Estado de Minas

Tr�s anos depois, muitos problemas ainda cercam Fukushima

Al�m do compromisso em limpar a regi�o de res�duos nucleares t�xicos, governo sofre com f�ria de ambientalistas ao querer reativar usinas que foram desligadas ap�s desastre de 2011 em Fukushima


postado em 10/03/2014 15:46 / atualizado em 10/03/2014 17:07

Três anos após tsunami e acidente nuclear, a imprensa foi autorizada a ver de perto a a central nuclear de Fukushima, que recebe trabalho de limpeza de resíduos tóxicos, mas ainda tem lugares impróprios para a presença humana (foto: Koji Sasahara/AFP)
Tr�s anos ap�s tsunami e acidente nuclear, a imprensa foi autorizada a ver de perto a a central nuclear de Fukushima, que recebe trabalho de limpeza de res�duos t�xicos, mas ainda tem lugares impr�prios para a presen�a humana (foto: Koji Sasahara/AFP)

Tr�s anos depois do tr�gico acidente de Fukushima, que for�ou uma mudan�a na pol�tica energ�tica do Jap�o, a sala de controle da usina parece inalterada. Capacetes, m�scaras e luvas jogados para todos os lados foram observados por rep�rteres que participaram na primeira visita ao local do pior acidente nuclear em gera��es.

Nada nas instala��es evidencia algum tipo de progresso nas tarefas de controle de danos depois que, no dia 11 de mar�o de 2011, em decorr�ncia de um terremoto e de um tsunami que atingiram o pa�s, a usina foi invadida pela �gua, que cortou a luz e danificou reatores. Sem saber dos riscos, funcion�rios tentaram reparar os danos por horas, at� serem for�ados a deixar o local.

N�o muito longe dos reatores, ainda existe uma �rea proibida ao p�blico, devido aos altos �ndices de radioatividade. Milhares de pessoas trabalham diariamente para manter o local o mais seguro poss�vel, construindo tanques para proteger a �gua contaminada. Os reatores que derreteram no acidente n�o podem ser reparados pelos pr�ximos seis anos.

A companhia el�trica de T�quio, TEPCO, que gerencia a usina, alertou que o espa�o para conter a �gua contaminada est� acabando, e que uma parte ter� que ser lan�ada no mar, depois de eliminado o conte�do mais t�xico. A ideia foi criticada por pescadores locais, pa�ses vizinhos e grupos ambientalistas.

Em 2013, a TEPCO anunciou que 300 toneladas de l�quido radioativo vazaram, em um incidente que chamou a aten��o para os problemas atuais de Fukushima.

Governo pretende religar reatores


"O gerenciamento desse problema da �gua ainda n�o � satisfat�rio", afirmou Dale Klein, ex-presidente da Comiss�o Reguladora Nuclear dos Estados Unidos, e membro do comit� que supervisiona a desativa��o da usina. Ele acrescenta que o ritmo de "quatro passos para frente e dois para tr�s" danificou a imagem da administra��o, j� criticada depois do acidente que for�ou dezenas de milhares das pessoas a deixar suas casas, possivelmente para sempre.

A crise levou ao fechamento dos 50 reatores nucleares do Jap�o, e ao crescimento de um sentimento antinuclear no pa�s, que tem 128 milh�es de habitantes e � a terceira maior economia do mundo.

No domingo, milhares de pessoas participaram de uma manifesta��o em T�quio opondo-se � decis�o do primeiro-ministro Shinzo Abe de religar usinas nucleares. Abe reiterou nesta segunda-feira que qualquer reator que possa ser usado em seguran�a vai ser utilizado, alterando a pol�tica anunciada pelo governo anterior de tornar o Jap�o um pa�s livre de energia nuclear at� 2040.


(foto: Koji Sasahara/AFP)
(foto: Koji Sasahara/AFP)


"O primeiro-ministro Abe e a ind�stria nuclear esperam que a popula��o do Jap�o e do mundo vai esquecer as v�timas e as terr�veis li��es de Fukushima, e pretendem religar reatores antigos e perigosos", criticou Junichi Sato, diretor-executivo do Greepeace no Jap�o. "O que precisamos esquecer � um sistema energ�tico dependente de tecnologias velhas, sujas e perigosas, como combust�veis f�sseis e nucleares", acrescentou.

O governo reduziu projetos de energia solar e e�licas, mas essas fontes alternativas ainda devem representar uma pequena por��o da matriz energ�tica japonesa.

O acidente tamb�m afetou o com�rcio exterior do Jap�o, que teve que importar combust�veis para suprir a perda da energia nuclear, que j� foi respons�vel por um quarto da matriz do pa�s, em um cen�rio de desvaloriza��o do iene. Tamb�m h� a preocupa��o de que, investindo mais em combust�veis f�sseis, o pa�s n�o cumpra as metas de que reduzir as emiss�es de g�s carb�nico.


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