O governo da Mal�sia ampliou nesta quarta-feira o per�metro de busca do avi�o da Malaysia Airlines desaparecido desde s�bado com 239 pessoas a bordo, ao mesmo tempo em que rebateu as cr�ticas de China e Vietn� sobre a gest�o das informa��es.
Os trabalhos de busca entraram no quinto dia com a amplia��o do per�metro de busca ao Mar de Adam�o, centenas de quil�metros ao noroeste da primeira zona rastreada.
As autoridades decidiram ampliar a �rea de busca ap�s informa��es de radar que indicariam a "possibilidade" de o avi�o ter alterado sua rota sobre o Mar do Sul da China.
"Temos que examinar todas as possibilidades", afirmou o diretor da avia��o civil malaia, Azharuddin Abdul Rahman.
O Mar de Adam�o � limitado ao sul pela ilha indon�sia de Sumatra, e ao leste e ao norte por Tail�ndia e Mianmar (antiga Birm�nia).
O general malaio Rodzali Daud desmentiu que um radar tenha detectado a passagem da aeronave sobre o estreito de Malaca, como informou um jornal do pa�s. Este estreito fica entre a pen�nsula malaia, no lado oeste, e a ilha indon�sia de Sumatra.
Mas o governo da Mal�sia n�o apresentou publicamente as an�lises dos radares nas quais baseia a hip�tese de mudan�a de rumo inesperada do avi�o, que tinha em sua maioria passageiros chineses.
A busca infrut�fera e a comunica��o aparentemente confusa das autoridades malaias provocam cr�ticas dentro do pa�s, da China e dos pa�ses participantes nas opera��es de busca.
Vietn�, China, Mal�sia, Filipinas e Cingapura, entre outros pa�ses, mobilizaram em um primeiro momento navios, avi�es e helic�pteros para a busca no Mar da China Meridional, regi�o marcada por disputas territoriais entre estas na��es.
"No momento, h� muitas informa��es, mas bastante ca�ticas. N�s tamb�m temos dificuldades para confirmar se isto � correto ou n�o", disse o porta-voz do minist�rio chin�s das Rela��es Exteriores, Qing Gang, ao ser questionado se o voo MH370 mudou de rumo.
O Vietn� anunciou a suspens�o da busca a�rea e que se limitava � opera��o mar�tima, at� receber explica��es sobre o novo per�metro.
-- Boatos e falta de informa��o --
"S� existe confus�o se voc� quer ver confus�o", declarou o ministro malaio dos Transportes, Hishamuddin Hussein, ao rebater as cr�ticas chinesas.
Mas os boatos e a falta de informa��o concreta provocam muitas teorias da conspira��o entre os malaios. As autoridades tamb�m s�o acusadas de esconder dados importantes.
"Penso que a Malaysia Airlines e o governo malaio tentam encobrir ou esconder alguma coisa sobre o voo MH370", escreveu um internauta no Twitter, uma opini�o que ganha adeptos.
"Por qu� tanta informa��o n�o confirmada?", questiona outro usu�rio da rede social.
Sobre os passageiros que embarcaram com passaporte falso, a Interpol verificou suas identidades e descartou qualquer rela��o com grupos terroristas, apesar de o diretor da CIA, John Brennan, ter afirmado que "n�o descartaria" a pista terrorista.
O secret�rio-geral da Interpol, Ronald K. Noble, declarou que a quest�o poderia ser "um tr�fico de seres humanos".
Os dois passageiros foram identificados como cidad�os iranianos: Puria Nurmohammadi, de 18 anos, e Seyed Mohammed Reza Delavar, de 29. Os dois supostamente tentariam imigrar para a Europa.
Delavar, que viajava com um passaporte italiano roubado, pretendia pedir asilo na Su�cia, segundo a pol�cia do pa�s europeu.
O voo MH370 transportava 239 pessoas, incluindo dois menores de idade. Al�m de chineses, o Boeing 777-200 transportava malaios, indon�sios, australianos, franceses, americanos, canadenses, russos e ucranianos.