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Estado de Minas

Assembleia-Geral da ONU aprova resolu��o que condena anexa��o da Crimeia � R�ssia

Ucr�nia vence na assembleia geral, mas ainda n�o reverte derrota no conselho de seguran�a, que teve veto da R�ssia


postado em 27/03/2014 15:16 / atualizado em 27/03/2014 16:41

A Assembleia-Geral da ONU aprovou nesta quinta-feira por ampla maioria uma resolu��o n�o vinculante em defesa da integridade territorial da Ucr�nia, na qual denuncia a reincorpora��o da Crimeia � Federa��o Russa. A resolu��o apresentada pela Ucr�nia e apadrinhada pelas pot�ncias ocidentais obteve 100 votos a favor, 11 contra e 58 absten��es, constatou a AFP.

A Ucr�nia recorreu � Assembleia-Geral, organismo no qual os 193 pa�ses membros da ONU podem votar, ap�s o veto de Moscou a esse texto no Conselho de Seguran�a em 15 de mar�o, um dia antes do referendo no qual a Crimeia decidiu se juntar � R�ssia. O governo interino ucraniano e as pot�ncias ocidentais declararam o referendo ilegal. Ao contr�rio do Conselho de Seguran�a, as resolu��es da Assembleia-Geral n�o s�o vinculantes, o que torna simb�lica essa vota��o.

Os Estados Unidos e os pa�ses da Uni�o Europeia votaram a favor, assim como Chile, Col�mbia, Peru, M�xico, Panam�, Costa Rica e Honduras. Entre os que votaram contra a resolu��o est�o Venezuela, Bol�via, Nicar�gua e Cuba, al�m da R�ssia.

O Brasil est� entre as na��es que se abstiveram, junto com China, �ndia, Argentina, Uruguai, Equador, Paraguai e El Salvador, entre outros.

"O que ocorreu em meu pa�s � uma viola��o direta da Carta das Na��es Unidas. Estou certo de que este voto ajudar� a dissuadir novas agress�es", declarou o ministro ucraniano das Rela��es Exteriores, Andrei Deshchytsia, ao abrir a sess�o na sede da ONU em Nova York. O ministro denunciou que a Crimeia foi "anexada de maneira for�ada por um pa�s que antes havia se comprometido a garantir a integridade territorial da Ucr�nia", segundo o Pacto de Budapeste de 1994, no qual Kiev renunciou ao seu arsenal nuclear.

Al�m disso, o diplomata ucraniano afirmou que a "agress�o meticulosamente calibrada" foi levada adiante por "um pa�s membro permanente do Conselho de Seguran�a, que recebeu da ONU a responsabilidade de manter a paz e a seguran�a mundial". Deshchytsia defendeu a resolu��o, explicando que � uma "mensagem de que a comunidade internacional n�o vai aceitar que o que aconteceu na Crimeia marque um precedente" em mat�ria de direito internacional.

J� o embaixador russo, Vitali Churkin, respondeu a essas acusa��es denunciando uma "resolu��o do confronto" e pediu que sejam evitadas vota��es que deixem a situa��o ainda mais tensa. Churkin falou dos la�os hist�ricos da pen�nsula e da R�ssia, e pediu que a comunidade internacional respeite a decis�o da Crimeia, assim como Moscou a respeitou.

J� o embaixador brasileiro na ONU, Ant�nio Patriota, declarou que o "Brasil apoia todos os esfor�os por uma solu��o pac�fica da crise e pede que as partes fa�am um di�logo inclusivo", adotando a mesma posi��o de v�rios s�cios da regi�o, que evitaram se pronunciar abertamente sobre a quest�o.

Ajuda financeira

Pouco antes, o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) anunciou uma ajuda de entre 14 e 18 bilh�es de d�lares para a Ucr�nia, o que eleva a 27 bilh�es de d�lares a assist�ncia internacional ao pa�s � beira da fal�ncia. A ajuda do FMI, que tenta salvar o pa�s da quebra em meio a uma grave crise com a R�ssia pela Crimeia, ser� aprovada quando a Ucr�nia adotar as medidas solicitadas em contrapartida, afirmou o chefe da delega��o enviada a Kiev, Nikolai Gueorguiev.

Apesar da solidariedade demonstrada por Estados Unidos e Uni�o Europeia (UE) a Kiev ap�s a perda da pen�nsula aut�noma da Crimeia, este importante empr�stimo vem acompanhado de r�gidas condi��es que podem provocar protestos no pa�s. O montante definitivo ser� anunciado no final de abril, ap�s a aprova��o de medidas de austeridade pelo governo.

Entre as medidas pedidas, o FMI exige um aumento de 50% da tarifa do g�s a partir de 1º de maio. Para as empresas, o reajuste ser� de 40% a partir de 1º de junho. Outra medida pol�mica diz respeito ao Banco Central, que deve come�ar a abandonar a hryvnia ucraniana.

J� o Senado americano aprovou nesta quinta um projeto que permitir� ao pa�s garantir um empr�stimo de 1 bilh�o de d�lares � Ucr�nia e punir autoridades russas. Essas medidas ainda devem ser aprovadas pela C�mara de Deputados. A lei prev� para a Ucr�nia e para outros Estados da Europa central e oriental uma ajuda de 50 milh�es de d�lares em 2015 em prol da democracia, da governan�a e da sociedade civil, al�m de 100 milh�es de d�lares ao longo de tr�s anos destinados � coopera��o em mat�ria de seguran�a.

O texto tamb�m autoriza o presidente Barack Obama a impor, a seu crit�rio, san��es como o congelamento de bens ou a proibi��o de vistos a cidad�os russos e ucranianos respons�veis por viola��es de direitos humanos ou de corrup��o na Ucr�nia, e contra aqueles que agem contra a soberania ou a integridade territorial da Ucr�nia. Esses crit�rios s�o mais amplos do que os aplicados por Obama contra 31 russos e ucranianos na semana passada.

Elei��es � vista

Com a proximidade das elei��es na Ucr�nia, uma das figuras emblem�ticas da Revolu��o Laranja, a ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko, anunciou que ser� candidata �s elei��es presidenciais previstas para o dia 25 de maio na Ucr�nia. "Planejo ser candidata ao cargo de presidente", afirmou Timoshenko, de 54 anos, em coletiva de imprensa em Kiev.

"Nenhum dos pol�ticos ucranianos que se preparam para ser candidatos � Presid�ncia se d� conta do alcance da anarquia e nem se disp�e a det�-la", disse ainda, em tom de campanha. Ela explicou que vai solicitar aos deputados de seu partido "P�tria" que apresentem oficialmente sua candidatura. A forma��o realizar� um congresso no pr�ximo s�bado.

Timoshenko j� foi candidata � Presid�ncia de 2010, mas foi derrotada por uma pequena vantagem por Viktor Yanukovytch, destitu�do no dia 22 de fevereiro por uma onda de contesta��o. No ano seguinte, ela foi condenada a sete anos de pris�o por abuso de poder em contratos de g�s com a R�ssia. Seus partid�rios e uma parte dos pa�ses ocidentais acreditam que sua condena��o ocorreu por motivos pol�ticos. Ela foi libertada logo depois da deposi��o de Yanukovytch.


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