Katmandu, 20 - Sobreviventes da avalanche mais fatal da hist�ria no Monte Everest relembraram cenas de p�nico e caos, descrevendo neste domingo como eles cavaram na neve com suas pr�prias m�os na esperan�a de encontrar amigos vivos. Poucos minutos antes da avalanche na sexta-feira, cerca de 60 pessoas haviam recuado e ouviram o som de gelo quebrando a frente, seguido do estrondo da avalanche.
"Est�vamos suando, ofegantes, cavando procurando nossos amigos", conta o sobrevivente Cheddar Sherpa ao lado do corpo de um amigo no mosteiro Sherpa em Katmandu, capital do Nepal. Ele ajudou a carregar feridos e n�o tinha ideia de quem poderia ainda estar vivo. "Est�vamos aterrorizados", disse.
Ao menos 13 pessoas foram mortas, outros tr�s ainda est�o desaparecidas, embora j� n�o haja esperan�a de encontr�-las vivas.
A escaladas no monte foram interrompidas em meio a opera��o para localizar corpos debaixo da neve, mas a procura foi suspensa na tarde de domingo por conta do mau tempo e n�o estava claro se ela poderia continuar na segunda-feira, disse o oficial do Minist�rio do Turismo Mohan Sapkota.
Organizadores de expedi��es ao pico do Everest disseram que as escaladas v�o continuar, embora n�o se saiba quando, nem como. Muitos guias est�o feridos ou mortos.
Todos os mortos eram da comunidade Sherpa no Nepal, a qual depende fortemente da ind�stria de trekking e escalada, com muitos vivendo como guias e outros prestando servi�os a visitantes, como fornecimento de equipamento e transporte. No momento da avalanche, segundo Cheddar Sherpa, d�zias de guias Sherpa estavam carregando tendas e equipamentos na prepara��o para receber seus clientes que chegariam no pr�ximo m�s, quando as condi��es clim�ticas s�o melhores.
O escalador americano Jon Reiter estava na �rea atingida quando guias o for�aram a descer. "Est�vamos subindo logo ap�s o entardecer e ouvi o som de algo quebrando", disse Reiter. Segundo ele, havia poucos escaladores ocidentais na regi�o e todos sobreviveram. Fonte: Associated Press.