
Os peregrinos estrangeiros come�aram a movimentar a Pra�a de S�o Pedro e os arredores do Vaticano nesta v�spera da canoniza��o, domingo, dos papas Jo�o XXIII e Jo�o Paulo II. O tr�fego j� est� proibido a ve�culos nas ruas laterais e diagonais, onde s� podem entrar pedestres. �s 19 de amanh�, s�bado, as restri��es ser�o maiores, com bloqueios nos principais acessos.
Bares ser�o proibidos de abrir as portas na �rea e o com�rcio deixar� de funcionar, por iniciativa pr�pria, por causa das dificuldades de abastecimento para servir a uma demanda muito grande. Calcula-se que perto de 5 milh�es de peregrinos - mais que a popula��o de Roma - assistir�o � cerim�nia de canoniza��o, �s 10 horas de domingo. Os fi�is poder�o entrar na Pra�a de S�o Pedro a partir das 6 horas.
A pol�cia est� fazendo blitz nos pequenos hot�is bed&breakfast para verificar suas condi��es de conforto, seguran�a e higiene. Milhares de peregrinos ficar�o hospedados em conventos e casas de movimentos religiosos, pagando uma di�ria de 30 a 40 euros, com direito a caf� da manh�. A Prefeitura de Roma estima em 11 milh�es de euros os gastos com a canoniza��o. O Estado do Vaticano entrar� com "s�" 500 mil euros para pagar as despesas.
Os cat�licos vindos de outros pa�ses e do interior da It�lia chegam de trem e em �nibus de turismo, enfrentando dois a tr�s dias de viagem. Hospedam-se em geral nos arredores da cidade. O alojamento � mais barato, mas, em compensa��o, h� dificuldades de acesso ao Vaticano.
Nesta tarde de sexta-feira, o agricultor polon�s Wlademir Oleksy, de 52 anos, foi cercado por curiosos ao chegar � Pra�a de S�o Pedro com um cajado nas m�os e uma mochila nas costas. Ele chegou da cidade de Powroznik a p�, na fronteira da Pol�nia com a Eslov�quia. Percorreu 1.700 quil�metros em 42 dias, dormindo em hot�is baratos, par�quias e casas de fam�lia. Em Roma vai se hospedar na Casa dos Peregrinos Poloneses.
"Estive aqui em 1º de mar�o de 1981, dois meses e meio antes do atentado a tiros aqui nesta pra�a", disse Wlademir. Ao lado dele, 60 concidad�os que vieram de �nibus de Crac�via, em dois dias de viagem, ouviam o relato de sua aventura e posavam para fotos, com bandeiras vermelhas e brancas nas m�os.
