
A Coreia do Norte � um "Estado p�ria" e fraco, cuja fronteira fortemente militarizada com o Sul "marca o limite da liberdade", declarou neste s�bado o presidente americano, Barack Obama, durante um discurso para as tropas americanas na Coreia do Sul.
O que define a diferen�a entre os dois pa�ses � uma fratura entre a "democracia que cresce e um Estado p�ria que esfomear� seu povo, em vez de nutrir suas esperan�as e sonhos", disse Obama em sua visita a Seul. Segundo o presidente, o prosseguimento do programa nuclear da Coreia do Norte apenas levar� "mais isolamento" ao pa�s e Pyongyang n�o ganhar� nada fazendo amea�as.
Referindo-se na sexta-feira, em seu primeiro dia de visita a Seul, a novas san��es contra a Coreia do Norte caso o pa�s prossiga com seus testes nucleares, Obama j� havia indicado que Pyongyang n�o ganhar� nada lan�ando amea�as. Imagens obtidas por sat�lites mostram um aumento das atividades em Punggye-ri, onde o regime norte-coreano realiza seus testes nucleares, e que estariam vinculadas "provavelmente � prepara��o de uma nova detona��o" at�mica, revelou o instituto EUA-Coreia do Sul da Universidade John Hopkins na quinta-feira.
Nesta semana, Seul j� havia apontado ter detectado neste mesmo local sinais de prepara��o para um teste nuclear, o que poderia ocorrer durante a visita que Obama est� realizando atualmente, e em seu �ltimo dia. At� agora, os especialistas estavam divididos entre os que especulavam que este teste poderia ocorrer durante a visita de Obama e os que acreditavam que se trata de uma simples amea�a de Pyongyang para inquietar o Sul e seus s�cios.
Kim alerta para 'conflito iminente'
No Norte, seu l�der m�ximo, Kim Jong-Un, advertiu aos seus soldados que se preparem para um "conflito iminente com os Estados Unidos", informaram neste s�bado os meios de comunica��o de Pyongyang depois da propaga��o da not�cia do eventual quarto teste nuclear.
Em Seul, o presidente Obama advertiu Pyongyang sobre san��es mais duras se continuar com seus testes nucleares. Kim, comandante supremo de um ex�rcito de 1,2 milh�o de efetivos, visita com frequ�ncia as unidades militares para fornecer em terra orienta��o sobre as formas de fortalecer sua prepara��o.
Geralmente tece elogios e d� presentes aos seus soldados, como fuzis ou bin�culos, que simbolizam seu Estado vigilante. No entanto, depois de presenciar uma simula��o de bombardeio por parte de uma sub-unidade de artilharia, na sexta-feira, repreendeu os soldados por seu laxismo, segundo sua Ag�ncia Central de Not�cias Coreana (KCNA).
"Nosso querido comandante supremo Kim Jong-Un disse que, atualmente, nada � mais importante que a prepara��o para o combate em um conflito iminente com os Estados Unidos", informou a KCNA. Al�m disso, coincidindo com a visita presidencial americana ao Sul, o Norte informou ter detido um cidad�o americano.
Americano detido em Pyongyang
Na sexta-feira, em uma breve nota, a KCNA indicou que o americano, identificado como Miller Matthew Todd, de 24 anos, foi detido no dia 10 de abril "por seu comportamento impetuoso durante as formalidades de entrada" na Coreia do Norte. A ag�ncia tamb�m informou que o americano permanece detido e que uma investiga��o foi aberta.
Este an�ncio da deten��o, ocorrida h� mais de duas semanas, coincidiu com o in�cio da visita de dois dias de Obama ao Sul. Em Washington, a porta-voz do departamento de Estado, Jennifer Psaki, disse estar ciente da deten��o de Miller, mas n�o forneceu mais detalhes. "Estamos em contato com a embaixada da Su�cia sobre este tema", declarou a porta-voz durante sua conversa di�ria com a imprensa.
Como a Coreia do Norte e os Estados Unidos n�o mant�m rela��es diplom�ticas, a Su�cia representa os interesses americanos. Pyongyang tem em seu poder outro cidad�o americano, Kenneth Bae, descrito por um tribunal norte-coreano como um ativista crist�o evang�lico.
Bae foi preso em novembro de 2012, acusado de tentativa de deposi��o do governo norte-coreano, e foi condenado a 15 anos de trabalhos for�ados. Segundo a KCNA, Miller tinha em sua chegada um visto de turismo, mas o rasgou e gritou que pedir� asilo na Coreia do Norte e que chegou ao pa�s "depois de t�-lo escolhido como ref�gio".