A chamada "dama de ferro" da Litu�nia, presidente Dalia Grybauskaite, emergiu como a clara l�der das elei��es presidenciais, este domingo, ap�s a divulga��o dos resultados do primeiro turno, mas ter� disputar o segundo turno, anunciou a comiss�o eleitoral.
O segundo turno ser� celebrado em 25 de maio.
Faixa-preta de carat� e de fala direta, conhecida pela linha dura contra uma R�ssia ressurgente, a candidata � reelei��o obteve 45,7% dos votos contra 13,7% para o social-democrata Zigmantas Balcytis, ap�s a contagem de 95,7% dos votos.
Ao contr�rio das previs�es de v�rios analistas, a presidente lituana n�o conseguiu ultrapassar a barreira dos 50% dos votos necess�rios para ser eleita no primeiro turno.
A "dama de ferro" b�ltica parece ter sido beneficiada de sua firmeza no trato com a poderosa vizinha, R�ssia, na crise ucraniana, uma vez que estas presidenciais coincidem com uma escalada de inquieta��o suscitada na Litu�nia pelo comportamento russo e seu poderia militar crescente nas fronteiras desta antiga rep�blica sovi�tica.
A participa��o no pleito foi de 52% do eleitorado, enquanto tradicionalmente n�o costuma superar os 50%.
"Apesar de uma campanha morna, a participa��o foi alta, muito provavelmente porque os eleitores ficaram inquietos com a agress�o russa na Ucr�nia", declarou � AFP Kestutis Girnius, analista da Universidade de Vilnius.
"A presidente Grybauskaite se colocou como uma mulher pol�tica em melhor posi��o para defender a Litu�nia. Muitos indecisos acabaram finalmente decidindo votar nela", acrescentou.
Durante a campanha, Grybauskaite n�o mediu as palavras ao se declarar "pronta a pegar em armas ela mesma para defender o pa�s se a seguran�a nacional necessitasse".
"O futuro da Litu�nia depende da decis�o que cada cidad�o lituano tomar hoje", afirmou ao inserir seu voto na urna, este domingo.
No fim de abril, a presidente em fim de mandato recebeu tropas americanas, enquanto a Otan refor�ou sua presen�a no pa�s b�ltico que passou cinquenta anos sob ocupa��o sovi�tica at� 1991, antes de se unir, em 2004, � Otan e � UE.