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Estado de Minas

Espermatozoides fossilizados de 17 milh�es de anos s�o achados na Austr�lia


postado em 14/05/2014 21:07

Uma equipe de pesquisadores encontrou espermatozoides fossilizados de crust�ceos que viveram h� 17 milh�es de anos em um assentamento do norte da Austr�lia onde j� foram feitas outras descobertas pr�-hist�ricas.

"S�o os espermatozoides fossilizados mais antigos j� conhecidos, segundo os dados geol�gicos", anunciou na quarta-feira o paleontologista Mike Archer, da Universidade de Nova Gales do Sul.

Os espermatozoides, que t�m um tamanho gigante em compara��o com o animal que os produziu, foram encontrados no assentamento Riversleigh, no norte do Estado australiano de Queensland.

Estavam enrolados nos �rg�os reprodutivos de ostracodes, crust�ceos microsc�picos de �gua doce ou salgada.

Riversleigh � um assentamento pr�-hist�rico com uma superf�cie de 100 km quadrados, inscrito na lista de Patrim�nio Mundial da Humanidade, no qual foram encontrados in�meros f�sseis, como uma esp�cie de canguru carn�voro ou um ornitorrinco com dentes. Os f�sseis datam do Oligoceno (-34 a -23 milh�es de anos) e do Mioceno (-23 a -5 milh�es de anos)

"Estamos acostumados a ter surpresas agrad�veis" em Riversleigh, declarou o cientista, que trabalha no assentamento h� 35 anos.

"Mas a descoberta de espermatozoides f�sseis, com seu n�cleo celular, era algo completamente inesperado" e "nos perguntamos o que ainda nos resta descobrir entre estes sedimentos geol�gicos", acrescentou.

A equipe de Mike Archer tinha enviado, em 1988, umas amostras ao especialista em ostracodes da Universidade La Trobe de Melbourne, John Neil, que se deu conta de que os f�sseis continham tecido mole.

Eles consultaram v�rios especialistas, como Renate Matzke-Karasz, da Universidade Ludwig Maximilian de Munique (Alemanha) e Paul Tafforeau, do Sincrotron de Grenoble (Fran�a).

Ao estudar as amostras no microsc�pio, os investigadores se deram conta de que havia �rg�os internos que estavam perfeitamente conservados, entre eles os sexuais.

Os espermatozoides t�m cerca de 1,3 mil�metro, um tamanho levemente superior ao dos crust�ceos. Dentro se encontra seu n�cleo, que tinha abrigado os cromossomos e o DNA de cada animal.

O local onde estes restos se encontram foi, h� milh�es de anos, uma imensa floresta tropical.

Os pequenos "viviam em um charco, dentro de uma gruta, onde ca�am excrementos de milhares de morcegos", explicou o cientista.

Os excrementos fizeram com que aumentasse consideravelmente o n�vel de f�sforo na �gua, explicou outra cientista da Universidade de Nova Gales do Sul, Suzanne Hand, especialista em morcegos extintos e seu papel na conserva��o dos f�sseis de Riversleigh.

O elevado n�vel de f�sforo contribuiu para a fossiliza��o dos tecidos moles dos crust�ceos, "como foi demonstrado em alguns exemplos excepcionais de conserva��o de tecidos moles em locais com abund�ncia de [excrementos de] morcegos na Fran�a", acrescentou.


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