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Estado de Minas

Astr�nomos anunciam poss�vel solu��o para enigma das estrelas magn�ticas


postado em 16/05/2014 17:16

Astr�nomos europeus podem ter desvendado, a partir de observa��es do sistema de telesc�pios VLT, no norte do Chile, o enigma dos magnetares, estrelas com um campo magn�tico fenomenal que as torna os "�m�s mais potentes" do Universo.

Os magnetares ou estrelas magn�ticas, dos quais haveria apenas por volta de vinte na gal�xia, s�o "estranhos remanescentes muito densos" de supernovas que colapsaram devido � sua pr�pria gravidade. No geral, este fen�meno costuma dar origem a um pulsar (estrela de n�utrons) ou a um buraco negro.

Mas, �s vezes, surge "uma forma incomum e muito ex�tica de estrelas de n�utrons", os magnetares, "objetos estranhos, pequenos e extraordinariamente densos" at� o ponto de que "uma pequena colherada de mat�ria de estrela de n�utrons teria uma massa de aproximadamente um bilh�o de toneladas", explicou o Observat�rio Europeu Austral (ESO) em um comunicado (https://www.eso.org/public/spain/news/eso1415/).

E o magnetismo que emitem fazem deles os "�m�s mais potentes conhecidos no universo, milh�es de vezes mais potentes que os �m�s mais fortes da Terra", acrescentou.

Os astr�nomos concentraram suas observa��es em um mangetar situado em um c�mulo estelar a 16.000 anos-luz da Terra, na constela��o astral do Altar, que "pode ter nascido da explosiva morte de uma estrela com 40 vezes a massa do sol".

Mas esta hip�tese j� era problem�tica, pois as estrelas t�o maci�as, ao morrer, colapsam e formam "buracos negros, n�o estrelas de neutrons".

"N�o entend�amos como podia ter se transformado em um magnetar", afirma Simon Clark, da Open University da Gr�-Bretanha.

Os cientistas pensaram, ent�o, que este magnetar pode ter-se formado mediante "as intera��es de duas estrelas muito maci�as em �rbita uma da outra, em um sistema bin�rio" extremadamente compacto.

- Estrelas fugitivas -

A ideia � atraente, mas trope�ava em um obst�culo importante, visto que n�o conseguiam detectar nenhuma "estrela acompanhante" nas proximidades c�smicas do magnetar, identificado com o pouco atraente nome de CXOU J164710.2-455216.

Clark e sua equipe decidiram, ent�o, procurar em outras partes do c�mulo o rastro das "estrelas fugitivas" - que se afastam em grandes velocidades - usando o VLT (Very Large Telescope) do ESO, situado em pleno deserto do Atacama (norte do Chile).

A hip�tese era de que uma dessas "fugitivas" pode ter sido expulsa de sua �rbita pela explos�o da supernova que logo se transformou em um magnetar.

E acabaram descobrindo uma estrela, batizada com o nome de Westerlund 1-5, que "parecia se encaixar perfeitamente com o que procuravam".

Esta estrela n�o s� tem "a alta velocidade esperada quando est� sendo impulsionada por uma explos�o de supernova", mas tamb�m "as condi��es de baixa massa, alta luminosidade e abund�ncia de carbono", uma pista "que indica que deve ter se formado, originalmente, como uma companheira bin�ria", disse Ben Ritchie, co-autor do artigo publicado na revista Astronomy & Astrophysics.

A descoberta permite reconstituir o processo de forma��o de um magnetar.

Na primeira etapa, "a estrela mais maci�a da dupla come�a a ficar sem combust�vel, transferindo suas camadas externas � sua companheira menos maci�a - que est� destinada a se tornar um magnetar - fazendo com que gire cada vez mais r�pido", resumiu o ESO.

E essa r�pida rota��o "parece ser o ingrediente essencial na forma��o do campo magn�tico ultra-forte do magnetar".

Na segunda etapa, a estrela companheira "chega a ser t�o maci�a que libera grande quantidade da massa recentemente adquirida. Grande parte dessa massa se perde, mas uma parte passa novamente � estrela original, que ainda hoje vemos brilhando e conhecemos como Westerlund 1-5", detalhou.

"Este processo de interc�mbio de material foi o que proporcionou a Westerlund 1-5 sua assinatura qu�mica �nica e que permitiu que a massa de sua companheira encolha a n�veis suficientemente baixos para que nas�a um magnetar no lugar de um buraco negro - uma forma de passar a 'batata quente' com consequ�ncias c�smicas!", concluiu Francisco Najarro, do Centro de Astrobiologia, Espanha, membro da equipe de pesquisa.


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