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Estado de Minas

Crise entre Israel e EUA por reconhecimento do governo palestino


postado em 03/06/2014 13:16

O reconhecimento pelos Estados Unidos do novo governo de uni�o palestino com a participa��o do Hamas, provocou uma nova crise de confian�a entre Israel e seu principal aliado.

V�rios ministros israelenses atacaram nesta ter�a-feira o governo americano, ap�s o an�ncio de sua inten��o de trabalhar com o novo governo palestino de uni�o. O novo gabinete foi empossado na segunda-feira, apesar das advert�ncias do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanayhu.

"Eu n�o compreendo a mensagem dos Estados Unidos", lamentou o ministro da Intelig�ncia, Youval Steinitz, denunciando a hipocrisia americana.

"N�o se pode apresentar este governo como um governo do Hamas e, em seguida, qualificar o governo publicamente como de tecnocratas. � um governo do Hamas, um governo terrorista", declarou Steinitz, ao lado de Netanyahu, � r�dio miliar.

O Departamento de Estado americano se comprometeu em trabalhar com o novo executivo e manter a ajuda � Autoridade Palestina, fundamental para a sua sobreviv�ncia, ressaltando que o gabinete "n�o tem nenhum membro do Hamas".

Israel considera este movimento isl�mico, que governa a Faixa de Gaza, como um de seus principais inimigos e organiza��o terrorista.

A meta do governo de transi��o palestino, formado por independentes e tecnocratas, � preparar elei��es legislativas e presidenciais antes do final do ano.

"Infelizmente, a ingenuidade americana bateu todos os recordes. Independentemente do tipo de colabora��o com o Hamas, que mata mulheres e crian�as, � inaceit�vel", declarou por sua vez o ministro das Comunica��es, Gilad Erdan.

Punhalada nas costas

Segundo o analista pol�tico Chico Menache, Benjamin Netanyahu se sentiu "tra�do e enganado" pelos Estados Unidos. No domingo, o primeiro-ministro assegurou ter recebido garantias do secret�rio de Estado americano John Kerry de que Washington n�o reconheceria imediatamente o governo palestino.

"Efetivamente, n�o reconheceu imediatamente, s� precisou de cinco horas", declarou ironicamente Menache.

Ao jornal Israel Hayom, porta-voz do primeiro-ministro, uma autoridade israelense denunciou "uma facada nas costas" dos Estados Unidos.

De acordo com os colunistas do jornal, a reconcilia��o entre os palestinos � uma "vit�ria significativa" e representa um novo obst�culo entre Israel e os Estados Unidos.

As rela��es bilaterais com Washington, vitais para Israel, se deterioraram desde o fracasso das negocia��es de paz impulsionadas por John Kerry, atribu�do a recusa de Israel em parar a constru��o de assentamentos em territ�rios ocupados.

Tamb�m desagradou os Estados Unidos os ataques pessoais contra Kerry lan�ados por l�deres israelenses, incluindo o ministro da Defesa, Moshe Yaalon.

"Agora temos de passar � ofensiva", pediu o ministro da Economia Naftali Bennett, l�der do partido ultra-nacionalista, solicitando a anexa��o de Gush Etzion um bloco de assentamentos judaicos perto de Bel�m, na Cisjord�nia.

De acordo com a r�dio p�blica, apesar das declara��es de v�rios ministros, o governo n�o tem planos de retalia��o contra a Autoridade Palestina.

O gabinete de seguran�a de Israel n�o quer negociar com o novo governo, mas deve manter contatos com os l�deres palestinos, incluindo o presidente Mahmoud Abbas , de acordo com a mesma fonte.

Esta nova crise com Washington coloca Benjamin Netanyahu em uma posi��o dif�cil. O premi� quer evitar a todo custo que o Ir� e as pot�ncias ocidentais alcancem um acordo sobre o programa nuclear iraniano antes da data limite de 20 de julho.

O governo de Israel tem afirmado repetidamente que n�o hesitar� em lan�ar uma opera��o militar para impedir que Teer� obtenha uma bomba at�mica.

J� as Na��es Unidas deram as boas-vindas nesta ter�a-feira ao novo governo de unidade palestino, e declararam que dar�o total apoio para a reconcilia��o entre a Cisjord�nia e a Faixa de Gaza, segundo um porta-voz.

Stephane Dujarric, porta-voz do secret�rio-geral da ONU Ban Ki-moon, fez essas declara��es em um comunicado ap�s o enviado especial para o processo de paz no Oriente M�dio, Robert Serry, conversar com o primeiro-ministro palestino Rami Hamdallah.

"As Na��es Unidas sempre defenderam a necessidade de avan�ar para a unidade palestina", disse Dujarric.

Esta quest�o e "as importantes mudan�as pol�ticas, de seguran�a, humanit�rias e econ�micas em Gaza" foram discutidos por Serry e Hamdallah, segundo o porta-voz.

E a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, saudou a forma��o de um governo palestino "de consenso nacional", que constitui "uma etapa importante no processo de reconcili��o palestina".

"Tomamos nota da cria��o de um governo palestino de consenso nacional dirigido pelo primeiro-ministro (Rami) Hamdalah. Constitui uma etapa importante", afirmou Ashton em um comunicado.

"O processo de reconcilia��o enfrenta numerosos desafios, mas cria igualmente novas oportunidades para o processo de paz, para a renova��o democr�tica e para o povo palestino em Gaza e na Cisjord�nia", acrescentou.


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