A avia��o israelense realizou dezenas de ataques a�reos contra a Faixa de Gaza na madrugada desta ter�a-feira, ap�s um intenso bombardeio com foguetes contra o sul de Israel por parte de ativistas palestinos, informaram testemunhas e fontes da seguran�a.
Os ataques de Israel deixaram 17 feridos, incluindo sete crian�as e duas mulheres. Duas pessoas est�o em condi��o grave, segundo o �ltimo levantamento das autoridades palestinas.
Uma porta-voz israelense confirmou o lan�amento de uma "opera��o a�rea chamada 'cerca de prote��o".
"O objetivo da opera��o � atacar o Hamas e reduzir o n�mero de foguetes lan�ados contra Israel", disse.
Cinco casas foram destru�das nos ataques, tr�s em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, e duas no norte da regi�o.
As Brigadas Ezzedine al-Qassam (bra�o militar do Hamas) advertiram que Israel "ultrapassou a linha vermelha ao atacar casas". "Se esta pol�tica n�o cessar, reagiremos ampliando a gama de nossos alvos a ponto de surpreender o inimigo".
O ex-chefe de governo do Hamas Isma�l Haniyeh emitiu um comunicado pedindo "unidade entre os palestinos na frente pol�tica e sobre o terreno, incluindo uma intensa coordena��o e coopera��o entre todos os membros do nosso povo para enfrentar esta etapa cr�tica".
Haniyeh destacou que a agress�o israelense � uma oportunidade excepcional para a reconcilia��o entre os palestinos, em refer�ncia ao Hamas e � Organiza��o de Liberta��o da Palestina (OLP), que tentam constituir um governo de uni�o.
Dezenas de foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra o sul de Israel na noite de segunda-feira, sem deixar v�timas, horas ap�s tr�s extremistas judeus confessarem o assassinato de um jovem palestino.
O bra�o armado do movimento isl�mico palestino Hamas reivindicou a autoria dos disparos de "dezenas de foguetes" contra o sul de Israel, em "resposta � agress�o sionista".
"Os foguetes s�o uma rea��o natural aos crimes israelenses contra nosso povo. Que o ocupante (israelense) compreenda bem a mensagem. N�o tememos suas amea�as", advertiu o porta-voz do Hamas em Gaza, Sami Abu Zuhri.
Segundo o Ex�rcito israelense, mais de 40 foguetes foram disparados de Gaza em apenas uma hora, e o sistema de defesa antim�sseis destruiu 12 no ar.
A TV de Israel informou que o gabinete de seguran�a autorizou o Ex�rcito "a intensificar as repres�lias contra o Hamas".
Na noite de domingo, Israel matou oito combatentes palestinos, em diversas a��es a�reas.
A TV estatal de Israel mostrou dezenas de tanques posicionados na regi�o da fronteira com a Faixa de Gaza, e centenas de reservistas foram convocados pelo Ex�rcito, que "pode chamar mais 1.500", informou um oficial.
- Extremistas confessam assassinato de jovem palestino -
Na segunda-feira, tr�s extremistas judeus confessaram ter assassinado um jovem palestino, queimado vivo em Jerusal�m.
"Tr�s dos seis suspeitos detidos confessaram ter assassinado e queimado Mohamed Abu Khder e realizaram uma reconstitui��o do crime diante dos policiais", declarou � AFP um funcion�rio, que pediu para n�o ser identificado.
Eles s�o suspeitos de pertencerem a "uma organiza��o terrorista", sequestro, homic�dio de menor, posse ilegal de armas e crime "por motivo nacionalista", segundo o site de informa��es Ynet.
Mohammad Abu Khdeir, de 16 anos, foi sequestrado em 2 de julho em Jerusal�m Oriental ocupada e anexada. Seu corpo - completamente carbonizado segundo o advogado da fam�lia - foi encontrado algumas horas depois perto de uma floresta na parte oeste da cidade.
Ap�s a descoberta de seus restos mortais, os palestinos acusaram extremistas judeus de terem sequestrado e assassinado por vingan�a depois do rapto e morte de tr�s estudantes israelenses na regi�o de Hebron, na Cisjord�nia, atribu�do por Israel ao Hamas.
O horr�vel assassinato do jovem palestino, assim como o dos tr�s israelenses, provocou grande como��o.
"Sequestrar um menino, mat�-lo, queim�-lo at� a morte, mas por qu�? Nada � mais valioso ou mais exigente na hist�ria judaica do que o respeito pela vida humana", repetiu o presidente israelense, Shimon Peres.
O premier israelense, Benjamin Netanyahu, telefonou aos pais de Mohammad Abu Khdeir para expressar sua indigna��o com o assassinato "abomin�vel".
Crise da coaliz�o
Diante da escalada da viol�ncia, Netanyahu se comprometeu a "fazer o necess�rio para recuperar a paz e a seguran�a" no sul de Israel. Mas convocou o governo a se abster de declara��es incendi�rias para evitar um confronto generalizado.
"A experi�ncia nos demonstrou que, num momento como este, devemos agir de forma respons�vel e com a cabe�a fria para nos abster de declara��es duras e impetuosas", declarou Netanyahu aos seus ministros.
Esta linha prudente gerou diverg�ncias dentro da coaliz�o conservadora. O ministro das Rela��es Exteriores, Avigdor Lieberman, um falc�o ultranacionalista, anunciou o fim da alian�a com o partido Likud, mas sem abandonar o governo.
"N�o � nenhum segredo que existem diverg�ncias fundamentais que impedem trabalhar em conjunto (com o Likud) (...) Eu n�o entendo o que estamos esperando", lamentou o chefe da diplomacia, que exigiu em voz alta uma opera��o de grande escala contra o Hamas em Gaza.
O partido de Lieberman, Israel Beiteinu, apresentou uma lista conjunta com o Likud nas legislativas de 2013. O bloco Likud-Israel Beiteinu tem 31 deputados dos 120.