O ministro sul-africano da Justi�a e de Assuntos Penitenci�rios, Michael Masutha, negou nesta quinta-feira conceder liberdade condicional a Eugene de Kock, um coronel da pol�cia durante o apartheid, ao estimar que as fam�lias das v�timas devem se pronunciar.
"N�o concordei com a liberdade condicional, mas aprovei a tramita��o de um novo dossi� nos pr�ximos 12 meses" para examinar novamente o pedido de De Kock, que realizou avan�os na pris�o, declarou o ministro durante uma coletiva de imprensa em Pret�ria.
"Eu sou da opini�o de que � justo (...) que as fam�lias das v�timas tenham a oportunidade de participar no processo de delibera��o" para conceder ou n�o a liberdade condicional, acrescentou o ministro.
De Kock, de 65 anos e considerado o assassino n�mero um, encontra-se na pris�o h� 20 anos cumprindo uma condena��o de 1996 a 212 anos de pris�o por assassinato e por outros crimes cometidos contra ativistas antiapartheid, quando dirigia uma unidade antiterrorista da pol�cia deste regime racista.
O ex-chefe dos servi�os secretos (vlakplass) � um dos poucos funcion�rios da �poca do apartheid processados, depois que a Comiss�o para a Verdade e a Reconcilia��o, criada em 1995, negou sua anistia pela morte de cinco homens em 1992.
Durante seu julgamento e diante da Comiss�o para a Verdade e a Reconcilia��o, Eugene de Kock, que se autointitulou "assassino de Estado", detalhou diversas atrocidades, ataques e assassinatos cometidos por sua unidade e os justificou dizendo que cumpria ordens pol�ticas.
