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Estado de Minas

Ofensiva de Israel contra Hamas deixa mais de 100 mortos em 4 dias

Conflito que iniciou com sequestro e morte de tr�s jovens israelenses j� se tornou o mais sangrento desde 2012


postado em 11/07/2014 16:46 / atualizado em 11/07/2014 18:44

Nuvem de fumaça após mais um bombardeio de Israel sobre a faixa de Gaza(foto: AFP PHOTO/MOHAMMED OTHMAN)
Nuvem de fuma�a ap�s mais um bombardeio de Israel sobre a faixa de Gaza (foto: AFP PHOTO/MOHAMMED OTHMAN)

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou nesta sexta-feira que "nenhuma press�o internacional" impedir� seu pa�s de "atacar os terroristas", ao se referir � ofensiva contra o Hamas em Gaza que j� deixou mais de 100 mortos em quatro dias. "Nenhuma press�o internacional nos impedir� de atacar os terroristas que nos atacam", declarou Netanyahu durante uma coletiva de imprensa no Minist�rio da Defesa em Tel Aviv.

Em Gaza, os ataques israelenses na manh� desta sexta-feira mataram oito palestinos, incluindo uma crian�a e uma mulher, segundo o servi�o de emerg�ncias. Com isso, chega a 103 o n�mero de mortos, enquanto o de feridos passa de 500, desde o in�cio da opera��o israelense "Barreira de Prote��o" na madrugada de ter�a-feira. Esse novo conflito � o mais violento desde a opera��o "Pilar de Defesa", que, em novembro de 2012, deixou 177 mortos palestinos e seis israelenses.

De acordo com o Ex�rcito israelense, o Hamas, considerado uma organiza��o terrorista por Washington, e a Jihad isl�mica, um grupo radical aliado, dispararam desde quinta-feira 40 foguetes e morteiros na dire��o de Israel. Ao todo, 426 proj�teis foram lan�ados de Gaza, causando uma d�zia de israelenses feridos, mas sem v�timas fatais. O movimento islamita palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, assumiu a autoria do lan�amento de quatro foguetes de longo alcance M75 contra o aeroporto internacional Ben Gurion, na regi�o de Tel Aviv. O alvo n�o chegou a ser atingido.

A nova escalada de viol�ncia come�ou ap�s o sequestro e assassinato de tr�s estudantes israelenses no in�cio de junho na Cisjord�nia ocupada, crime pelo qual Israel culpa o Hamas. Alguns dias depois, um jovem palestino foi assassinado queimado vivo em Jerusal�m, em uma a��o de judeus de extrema-direita.

O confronto amea�a chegar ao norte de Israel, atingido por um foguete lan�ado a partir do L�bano, mas que n�o provocou v�timas. O Ex�rcito israelense, que respondeu com um ataque contra a localidade libanesa de Kfar Shuba, n�o acredita em um ataque do movimento xiita liban�s Hezbollah, e sim de um pequeno grupo palestino.

'Castigo coletivo'

Em Jerusal�m Oriental e nos Territ�rios palestinos, a situa��o era tensa durante a ora��o mu�ulmana semanal nesta sexta-feira de Ramad�. Temendo atos de viol�ncia, a pol�cia israelense restringiu mais uma vez o acesso � Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha de Jerusal�m: apenas 12 mil mu�ulmanos puderam orar, muito menos do que nas �ltimas semanas. Na Galileia, norte de Israel, quatro mil �rabes israelenses se manifestaram perto de Nazar� contra "os crimes de guerra israelenses" em Gaza.

A For�a A�rea israelense lan�ou mais de 200 ataques na Faixa de Gaza nas �ltimas 24 horas contra alvos ligados ao Hamas, incluindo t�neis, escrit�rios e casas. Um fot�grafo da AFP viu v�rios barcos em chamas no porto de Gaza, incluindo o "Gaza Ark", um grande navio pesqueiro, com o qual uma organiza��o internacional pr�-palestina se preparava para tentar romper o bloqueio naval israelense.

No terreno, os preparativos para uma poss�vel opera��o terrestre continuam. "Os terroristas em Gaza cometeram um grave erro ao atacar a popula��o de Israel", repetiu o chefe do Estado-Maior israelense, general Benny Gantz, advertindo que seu Ex�rcito ir� "ampliar suas atividades segundo suas necessidades e com as for�as necess�rias".

Cerca de 33.000 reservistas israelenses foram mobilizados para substituir os soldados no norte e no centro, a fim de realoc�-los perto da Faixa de Gaza. Um fot�grafo da AFP viu uma grande concentra��o de armas de artilharia israelenses perto do enclave palestino. Na frente diplom�tica, a comunidade internacional tem mobilizado, timidamente, esfor�os para deter a espiral de viol�ncia.

Durante uma conversa por telefone com o premi� Benjamin Netanyahu, o presidente americano, Barack Obama, "expressou seu temor de uma escalada". "Os Estados Unidos continuam prontos para facilitar o fim das hostilidades, incluindo o retorno ao acordo de cessar-fogo de novembro de 2012", acrescentou a Casa Branca.

O secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo na quinta-feira em favor de um cessar-fogo durante uma reuni�o de emerg�ncia do Conselho de Seguran�a. Nesta sexta-feira, 34 ONGs divulgaram um comunicado conjunto, pedindo uma tr�gua e o respeito aos direitos Humanos na Faixa de Gaza.

O Egito, primeiro pa�s �rabe a assinar um tratado de paz com Israel, em 1979, criticou a "pol�tica de puni��o coletiva" israelense em Gaza. J� o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou Israel nesta sexta de conduzir uma pol�tica baseada em "mentiras" sobre os bombardeios contra a Faixa de Gaza. "Ele (Israel) diz que (o Hamas) dispara foguetes. Mas algu�m morreu?", questionou Erdogan, que discursava para partid�rios reunidos em Istambul, acrescentando que "o n�mero de palestinos que voc�s (Israel) mataram chegou a 100". "Sua vida (a vida de Israel) � baseada em mentiras. N�o � honesta", criticou.


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