A tens�o em torno da Ucr�nia continua a aumentar nesta quinta-feira com novas san��es ocidentais contra grandes empresas russas, enquanto Kiev acusa a avia��o russa de abater outra de suas aeronaves militares.
O Parlamento Europeu seguiu o exemplo americano, chamando para um embargo � venda de armas para a R�ssia, que se manter� em vigor "at� que a situa��o no leste da Ucr�nia seja normalizada".
A avia��o russa teria derrubado um avi�o de combate ucraniano Su-25 "em miss�o sobre o territ�rio da Ucr�nia", segundo o Conselho de Seguran�a Nacional e Defesa. O piloto conseguiu ejetar.
A Ucr�nia j� havia acusado a R�ssia de derrubar um avi�o de transporte militar An-26 na segunda-feira n�o muito longe da fronteira com a R�ssia. Quatro dos oito tripulantes daquela unidade foram resgatados, dois foram capturados e dois morreram, de acordo com Kiev.
O embaixador da R�ssia na ONU, Vitaly Churkin, rejeitou nesta quinta-feira as acusa��es de Kiev, assegurando que a avia��o de seu pa�s simplesmente "n�o fez isso" a jornalistas na sede da ONU em Nova York.
As autoridades russas tamb�m responderam violentamente �s novas san��es americanas e europeias adotados na quarta-feira, prometendo uma "amarga desilus�o" aos ocidentais.
O vice-chanceler russo Sergei Ryabkov imediatamente chamou esta nova onda de san��es de "ultrajante" e "totalmente inaceit�vel", prometendo uma resposta "que ser� recebida em Washington de forma dolorosa".
Esta rea��o foi seguida � noite pela do presidente russo, Vladimir Putin, que falou de um "impasse" e "s�rios danos" para as rela��es russo-americanas.
"� lament�vel que os nossos parceiros sigam esse caminho. Mas n�s n�o fechamos a porta �s negocia��es, a fim de superar esta situa��o", amenizou.
Queda da Bolsa de Moscou
Como novas medidas para punir Moscou, Washington adicionou a sua lista negra a gigante petrol�fera russa Rosneft, cujos ativos nos Estados Unidos foram congelados, enquanto as empresas americanas n�o ter�o permiss�o para realizar transa��es com a companhia.
O banco do gigante de g�s russo Gazprom, o Gazprombank, e o banco p�blico VEB, que tem entre seus diretores o primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev, tamb�m est�o entre os novos alvos americanos.
Preocupada com esta nova onda de san��es contra alguns dos gigantes da economia russa, a Bolsa de Valores de Moscou caia nesta quinta-feira de manh�. Logo ap�s a abertura, os dois �ndices perdiam 2,70 e 4,05%, respectivamente. O rublo tamb�m caiu para 34,8 o d�lares e 47,1 por euro. As bolsas de valores de Frankfurt, Londres e Paris abriram ligeiramente em queda.
Os europeus, por sua vez, adotaram san��es de menor escala, incluindo o congelamento de programas na R�ssia por parte do Banco Europeu de Investimento (BEI) e do Banco Europeu para a Reconstru��o e Desenvolvimento (BERD).
A UE decidiu igualmente sancionar "entidades" acusadas de apoiar "materialmente ou financeiramente" a��es que amea�am ou minam a soberania da Ucr�nia, mas a sua lista precisa ser� determinada apenas no final de julho, de acordo com uma fonte diplom�tica.
Um passo importante para Kiev
A Ucr�nia elogiou nesta quinta-feira o refor�o das san��es ocidentais contra a R�ssia pelo apoio de Moscou aos rebeldes separatistas.
"As san��es s�o um passo importante no apoio � soberania, integridade territorial e independ�ncia da Ucr�nia", afirmou nesta quinta-feira o presidente ucraniano, Petro Poroshenko.
Curiosamente, o presidente ucraniano, que realizou esta semana uma intensa ofensiva diplom�tica para obter o apoio firma da UE ante a R�ssia, n�o comentou as san��es americanas contra a R�ssia, anunciadas na quarta-feira � noite e que s�o mais intensas que as europeias.
Os pa�ses ocidentais tentam pressionar Moscou para que os rebeldes pr�-R�ssia do leste da Ucr�nia acabem com tr�s meses de combates, que provocaram quase 600 mortes.
No terreno, os combates continuam nesta quinta-feira, especialmente nos arredores de Donetsk e Lugansk, apesar de uma situa��o relativamente calma na v�spera com centenas de moradores de Donetsk sendo levados de �nibus para a R�ssia pelos insurgentes.
Grupos de soldados em uniformes russos, mas sem ins�gnias de reconhecimento, com artilharia e foguetes foram vistos perto de Izvaryne, na regi�o de Lugansk, indicou Andrii Lysenko, um porta-voz militar ucraniano.
Os esfor�os diplom�ticos, at� ent�o em um impasse, foram relan�ados pelo an�ncio na quarta-feira por dois l�deres separatistas em Donetsk de uma videoconfer�ncia do "grupo de contato" sobre a Ucr�nia (OSCE, Ucr�nia, R�ssia), que ser� realizada com a participa��o dos insurgentes nesta quinta ou sexta-feira.