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Estado de Minas AUMENTAM AS SUSPEITAS SOBRE OS SEPARATISTAS

Presidente americano aponta cumplicidade da R�ssia na queda do Boeing 777

Conselho de Seguran�a pede investiga��o internacional independente e profunda


postado em 19/07/2014 00:12 / atualizado em 19/07/2014 09:13

Bras�lia – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, intensificou a press�o sobre Moscou e afirmou que “evid�ncias indicam que um m�ssil terra-ar disparado de um territ�rio controlado por separatistas” da Ucr�nia derrubou o Boeing 777 da Malaysian Airlines, na quinta-feira. Embora tenha ressaltado ser prematuro para determinar as inten��es dos autores do ataque � aeronave civil, o chefe de Estado considerou que os insurgentes jamais seriam capazes de derrubar o jato “sem equipamento e treinamento sofisticado” que “veio da R�ssia”.


Obama, que imp�s novas san��es � R�ssia na v�spera do desastre a�reo, insistiu que o presidente russo, Vladimir Putin, colabore para o fim do conflito na regi�o e use a influ�ncia para frear a a��o dos insurgentes. O l�der americano lembrou que os insurgentes tinham abatido uma aeronave ucraniana e argumentou que a suposta derrubada do jato malaio, que seguia de Amsterd� a Kuala Lumpur, “� um chamado de aten��o da Europa sobre a R�ssia”. “Sabemos que esses separatistas receberam um fluxo constante de apoio da R�ssia. Isso inclui armas e treinamento. Inclui armas pesadas e artilharia antia�rea”, apontou.

A enf�tica acusa��o do presidente dos Estados Unidos reitera as suspeitas de envolvimento dos rebeldes pr�-R�ssia que controlam a �rea onde o voo MH17 caiu com 298 pessoas a bordo. Cerca de 30 observadores internacionais da Organiza��o para a Seguran�a e a Coopera��o na Europa (OSCE) chegaram ontem ao Leste da Ucr�nia para verificar a seguran�a do local da queda da aeronave. Embora os separatistas pr�-Russia tenham garantido que o grupo foi bem recebido, o governador da prov�ncia de Donetsk, Serhiy Taruta, afirmou os inspetores tiveram o acesso � �rea limitado por homens armados. O jornal brit�nico The Guardian entrevistou uma s�rie de especialistas que apontam para uma opera��o de “limpar as evid�ncias” por parte dos separatistas. Algumas postagens em redes sociais e sites ligados Aos rebeldes mencionaram a derrubada de um avi�o por volta da hora do desastre, mas as postagens foram deletadas algum tempo depois. Imagens de um lan�a-m�sseis sovi�tico do tipo Buk que teria sido capturado em uma base a�rea ucraniana no m�s passado tamb´[em foram deletadas segundo o Minist�rio do Interior ucraniano.

Outro ind�cio � uma grava��o de r�dio entre um comandante rebelde e um militante que descreve a cena da trag�dia ao chegar ao local da queda. “Bem, os meninos de Chernukhino derrubaram o avi�o”, diz uma voz identificada pelo servi�o de intelig�ncia da Ucr�nia como Major. Outra voz pergunta: “Quem derrubou?”. E a resposta de Major �: “O pessoal do bloqueio de estrada em Chernukhino. Os cossacos de Chernukhino”. Aparentemente, os rebeldes teriam disparado contra o Boeing 777 acreditando ser um avi�o militar das for�as ucranianas j� que perguntam sobre armas durante a busca em meio aos destro�os. Alexandre Borodai, autoploclamado primeiro-ministro da Rep�blica Popular de Donetsk (RPD), negou responsabilidade pela trag�dia. “Nossas armas n�o v�o al�m de 4 mil metros, n�o temos m�sseis do tipo Buk, nenhum em absoluto”, alegou.

As considera��es da Casa Branca sobre a queda do MH17 foram reiteradas pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, durante reuni�o extraordin�ria do Conselho de Seguran�a. De acordo com a diplomata, o m�ssil que teria atingido o avi�o seria um Buk do tipo SA-11. Ela assegurou que os EUA tinham conhecimento da presen�a de um sistema do tipo no territ�rio ucraniano, sugerindo o n�o envolvimento de Kiev na trag�dia. Ainda segundo Power, separatistas pr�-russos foram vistos com esse tipo de armamento nos arredores do local em que a aeronave caiu.

Em declara��o un�nime, o Conselho de Seguran�a pediu uma investiga��o internacional independente e profunda sobre o caso. O representante russo na ONU, Vitaly Churkin, questionou a permiss�o de um avi�o de passageiros sobrevoar uma “�rea de conflitos militares” e pediu uma apura��o sobre “at� que ponto as autoridades ucranianas levaram a cabo suas obriga��es”.

PRESS�O ELEVADA

Enquanto as trocas de acusa��es entre Kiev, Moscou e l�deres separatistas complicam a crise ucraniana, o poss�vel envolvimento, mesmo que indireto, do Kremlin pode acirrar o clima de polariza��o no cen�rio internacional. “Se conseguirem identificar que a R�ssia tem uma parcela da responsabilidade, n�o apenas os Estados Unidos, mas boa parte da comunidade internacional, vai se opor � R�ssia”, avalia Leonardo Paz, coordenador de estudos do Centro Brasileiro de Rela��es Internacionais (Cebri). Embora considere que a hip�tese colocaria Moscou em uma posi��o mais suscet�vel a puni��es, ele avalia que a resposta do Brics (bloco que re�ne Brasil, �ndia, China �frica do Sul e a pr�pria R�ssia) tende a ser menos enf�tica. “O Brics deve emitir notas de rep�dio, mas n�o corte de rela��es, at� porque eles est�o envolvidos em um projeto ambicioso com esse novo banco”, indica.

Para Chris Weafer, analista do grupo de consultores econ�micos americano Macro Advisor, se ficar confirmado o disparo de grupos rebeldes contra a aeronave civil, Moscou ser� pressionada a se desvincular dos separatistas. Caso uma mudan�a de postura n�o ocorra, Weafer acredita que as pot�ncias ocidentais podem adotar san��es com maior impacto sobre a economia russa, a despeito da relut�ncia europeia, que teme consequ�ncias devido aos la�os comerciais com o pa�s. “Acredit�vamos at� o momento que essas san��es eram improv�veis, mas a trag�dia do avi�o da Mal�sia pode, potencialmente, mudar o jogo”, ressalta.

 


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